Olá, pessoal! Como vão? Eu imagino que ao ler o título desse texto, você deve estar se indagando: como que um filme do gênero de super-herói pode chegar aos pés da maior trilogia da história do cinema? A primeira coisa que digo, logo de cara, é que dificilmente algo chegará no mesmo nível da saga grandiosa de J.R.R.Tolkien e da condução magistral de Peter Jackson. No entanto, ao comparar uma obra com a outra, mesmo que ela não esteja no mesmo patamar, dá para perceber características e elementos que se assemelham. E, com isso, trazer a noção de que, aquela essência em comum, é a de que você pára, olha e pensa: “Certo, isso tem certa grandeza. Lembra outras obras que contém, também, isso em seu cerne.” E, amigos, a Liga da Justiça de Zack Snyder, proposta para ser uma trilogia, dentro de uma pentalogia, iniciada lá trás com O Homem de Aço, seguido por Batman Vs. Superman, possui todos os elementos de sagas grandiosas, como Tolkien e Peter Jackson demonstraram.
A primeira coisa a se considerar é: O que faz as grandes histórias se tornarem atemporais? J.R.R.Tolkien conseguiu um feito impressionante, fazendo com que sua maior obra passasse por gerações e fosse o livro, de literatura fantástica, mais procurado e relevante da história deste gênero. Sua estória, contida nas 1272 páginas do volume único, da nova versão da Harper Collins, trouxeram personagens muito marcantes, principalmente nos membros da Sociedade do Anel, pelas características nobres e heroicas. Por ter algo tão palpável e enriquecedor, a obra de Tolkien consegue trazer, diante de pouco mais de sete décadas de existência, um sentimento humano que qualquer pessoa, independente da sua nacionalidade, religião, sexo ou etnia, sente vibrantemente em seu coração. Mesmo por ser uma obra de ficção, ela se destaca por conseguir inspirar a vida real, podendo-se extrair palavras ou atitudes e atribuir na vida cotidiana. E, por esse feito, torna-se uma obra tão relevante, mesmo depois de pouco mais de meio século de vida. Assim, fazendo um paralelo às obras de Zack Snyder, no ramo de super-heróis, consegue se manter atual mesmo com inúmeros filmes dessa categoria sendo lançados anualmente, passando a sensação de constância, mesmo depois de anos lançadas. Pessoas que nunca foram fãs do Superman se sentiram encantadas com esse personagem, trazido sob um escopo mais realista e, consequentemente, sendo mais identificável, talvez, pela versão mais humana do personagem, por seus sentimentos reais e iniciais em sua jornada de dúvidas, receios, medos. Também pelo fato de poder acompanhar o ser mais poderoso da terra se sentindo sozinho, aflito e triste. E que, ao lidar com seus próprios demônios, colocava os pingos nos is em suas questões, não deixando assuntos inacabados ou pendentes dentro de si, mas superava seus próprios temores, podendo levar todos ao sol e realizar maravilhas.Por ser esse escopo da jornada do herói, tornou o personagem palpável de tal forma que todo e qualquer fã da DC, almeja ver mais desse Superman, tendo Henry Cavill como favorito de muitos. Nem mesmo os filmes mais atuais, seja da Marvel ou da própria DC, conseguem ser mais relevantes como as obras de Zack Snyder. Um bom exemplo disso é ver que, em qualquer rede social, principalmente nas páginas da DC, uma das coisas mais discutidas e comentadas sempre são as obras dos heróis sob a visão do diretor. Se juntar todos os filmes de super-heróis lançados até hoje na DC, desde a época do Christopher Reeves até o mais recente, O Esquadrão Suicida, será quase um consenso, que no top 3 de filmes favoritos da maioria esmagadora das pessoas, estarão presentes obras como Watchmen, O Homem de Aço, Batman Vs. Superman ou Liga da Justiça de Zack Snyder. Isso mostra como as obras do diretor, dentro das adaptações da editora, mostram-se ascendendo, cada vez mais, para obras atemporais.
O que faz grandes sagas serem aclamadas como a obra de Tolkien, são suas boas estórias. Estórias que cativam, emocionam, ensinam, que passam um valor, somam, agregam, que ao cultivá-la dentro de si, germina, transformando-nos em outras pessoas. E o Senhor dos Anéis passa tudo isso, para qualquer um que se interessa pela obra. Ver a jornada de Frodo e Bilbo, hobbits do condado que nunca foram preparados para guerra, não possuíam riquezas e pertenciam a um povo simples, como pequenas criaturas humildes que mudaram o curso do mundo, recebendo a honra de regozijarem em Valinor, lar dos grandes Ainur, seres mais poderosos desse universo… Ou de Gandalf, um ser sábio que proferia de sua boca palavras poderosas como um grande profeta, que enxergava a beleza na simplicidade sem perder a elegância e que mesmo diante da chama e da escuridão não perdeu a fé, tornando-se o mago branco, o farol de luz na grande batalha… Ou, ainda, de Aragorn, vivendo como um fantasma, fugindo de sua herança, permanecendo como um andarilho, um homem de bom caráter, nobre e líder, lutando, entregando-se e finalizando como um grande rei… Todos estes exemplos mostram-nos traços únicos para que a obra de Tolkien seja aclamada. E a Liga da Justiça de Zack Snyder se encaixa perfeitamente nesse quesito de grandiosidade.O que cativa, nesta, é como cada personagem tem seu problema particular, seja movidos pela culpa de seus erros do passado ou não. Assim como o Batman, tentando se redimir, buscando a fé no lugar da razão, outros pela solidão; Como Barry buscando contato com outras pessoas e encontrando amigos para suprir o vazio em si, ou como o Ciborg por sentir furor pelos seus responsáveis e culpá-los por não terem um vida de verdade por causa deles, como Victor pelo seu pai; ou ainda como o Aquaman por ter sido abandonado pela mãe. Mesmo diante desses empecilhos em suas vidas pessoais, conseguem encontrar um caminho e uma solução para seus problemas, sendo apoio um do outro ou ajuda inestimável, cada membro completando seu semelhante, funcionando como uma boa equipe, pela boa dinâmica e sinergia entre si.(embora seja no cérebro que ocorra todas as sinapses dos neurotransmissores que geram as emoções e sentimentos). O que torna essa obra da DC tão diferente das demais é esse coração empregado nela, tornando-a tão emocionante. Ver Clark recebendo os conselhos de seus pais na nave kriptoniana, como sendo o momento inicial de seu ápice como grande herói da humanidade voando ao sol de braços abertos e virando o farol de esperança que nasceu para ser; Barry retrocedendo o tempo, quebrando a regra dos limites do espaço-tempo, provando ser o melhor dos melhores; Victor encontrando uma nova família e sentindo-se completo, não mais quebrado ou sozinho; ou Arthur, como uma figura séria e frio, inicialmente, compadecendo-se pela perda de um dos membros da equipe…. Coisas como essas, faz qualquer coração se emocionar, tornando aquele momento memorável e único, por ver que cada um passou por um deserto, por um período dificultoso, mas que o tornaram verdadeiros heróis. Clark, desde O Homem de Aço, passou por um processo como qualquer pessoa na vida real passaria, com fases de auto descoberta, medo, angústia, aflição, conseguindo através da perseverança, com boa índole e mantendo a esperança, suportar, aguentar e superar os dissabores da vida. Bruce, que teve sua vida traumatizada pelas perda das pessoas queridas, caindo em desgraça, aumentando sua indignação e revolta, e deixando aquilo que jurou combater o consumir, encontrou em plena escuridão, a luz no fim do túnel que o tirou de sua amargura e trouxe-lhe a fé na humanidade. Victor que se sentia uma aberração e uma monstruosidade por sua nova aparência, após sentir que sua vida tinha sido usurpada e tirada de si, diante daquele suposto mal que enxergava, se tornou a maior bênção que poderia receber, o mestre soberano de 0 e 1, assumindo seu lugar entre os corajosos. Arthur que recusava sua herança atlantiana, por se sentir abandonado e descartado pela mãe, entendeu que, no final, poderia haver uma explicação plausível para aquilo, dando uma chance a seu povo aquático, retornando à Atlântida, e diante de tudo isso, percebeu que cada personagem sempre volta diferente, diante de como começam.
Como guardião dos sentimentos e das emoções, o coração é a figura que representa o tesouro de nossas vidas, sendo o responsável por guardarmos aquilo que é valioso e precioso em nossa existência,Assim como eles aprenderam a lidar com seus próprios problemas, seja da dúvida, do abandono, da culpa ou autoaceitação, aprendemos a levar isso em nossa vida, porque acrescenta, soma, agrega, enriquece, inspira… Afinal, através daqueles seres fantásticos, de seus falas ou ações, pudemos ver o espelho em nós e, assim como eles, podemos fazer também, e vencermos. Esse ponto torna a Liga da Justiça de Zack Snyder tão sublime como as grandes estórias, pelo seu valor real passado.
Como toda obra cinematográfica, acompanhada por uma trilha sonora, a obra de Tolkien foi representada possuindo lindas trilhas compostas por Howard Shore, dando corpo, magnitude e profundidade à de Peter Jackson, sendo de um nível angelical pela sua beleza extraordinária. Seja nos momentos mais doces, com Arwen abandonando sua vida eterna por seu amor verdadeiro e Galadriel na floresta de Loth Lórien como dama da luz, seja nos momentos de ação, como na batalhas no Abismo de Helm ou nos portões de Mordor, a música conduz, magistralmente, todos os momentos do filme de forma arrebatadora. Diante desse esplendor musical, as trilhas sonoras de Hans Zimmer e Junkie XL, não ficam aquém e nem deixam a desejar por sua magnificência, porque conseguem chegar no mesmo patamar de excelência.O trabalho feito em O Homem de Aço foi tão extraordinário, que conseguiu não só dar uma trilha digna ao Superman, mas pelo menos para a pessoa que aqui vos escreve, supera e muito a clássica de John Willians. Sem contar que o álbum de Batman Vs. Superman é considerado, por muitos, o melhor álbum de todos, do gênero de super-herói, já criado. Liga da Justiça de Zack Snyder conseguiu imprimir esse nível de grandiosidade, com músicas fortes, tais quais como esses personagens representam.
Com o estilo medieval, soldados e suas armaduras reluzentes, reinos e povos distintos, inimigos ameaçadores e poderosos, o Senhor dos Anéis é o modelo e estilo para toda estória de fantasia e universos fantásticos, sendo inspiração para outras obras dos gênero, como Game of Thrones, As Crônica de Nárnia, A Roda do Tempo, Harry Potter, etc…, além de ser molde para as aventuras de jogadores de RPG. Tolkien seguiu, por anos, sendo modelo para muitos escritores, pelo seu nível de qualidade. Da mesma forma, a Liga da Justiça de Zack Snyder segue este caminho por apresentar conceitos medievais, principalmente visto na Era de Heróis, com os antigos deuses (Zeus, Ártemis e Ares), o exército das Amazonas, liderados pela rainha Hipólita, os exércitos dos Atlantes, liderados pelo rei Atlan, e todos os povos distintos da Terra, unidos por um bem comum. Assim como Sauron, forjador dos Anéis de poder, que busca encontrar seu anel-mestre e na escuridão aprisionar os povos da Terra-Média, Darkseid busca seu grande prêmio, a Equação Anti-Vida, para que toda a existência seja sua. Tolkien criou uma mitologia riquíssima, com sua mente brilhante, desde a criação de seres celestiais como Erú Iluvatar, criador do mundo e do universo, os seus Ainur, separados em Valar e Maiar, equivalente aos Anjos de nossa tradição judaico-cristã, até chegar aos povos mais comuns como os Elfos, Anões e Homens, cada um com seu reino, cultura e estilo próprios, diferentes mesmo sendo da mesma raça, com línguas e escritas originais, como a linguagem élfica Sindarin e Quenya ou Khuzdul dos anões, inventadas para a obra. Tolkien, baseou sua criação em mitos e folclores europeus, dando forma ao seu mundo criativo.De mesmo modo, a editora DC Comics é conhecida como “A Editora das Lendas”, por apresentar personagens bem poderosos e eventos muito grandiosos, que se configuram em ser semelhantes aos mitos e lendas de heróis, deuses ou semi-deuses das inúmeras mitologias que se têm conhecimento, como a grega, romana, nórdica, egípcia, etc…, seja pela capacidade extraordinária desses personagens realizarem grandes feitos, seja pela grandeza e profundidade de suas estórias. Zack Snyder viu os personagens da DC como sempre foram retratados pela própria editora em sua estrutura: sob a excelência das mitologias, assim como o próprio Tolkien baseou sua grande estória.
A saga da Liga da Justiça de Zack Snyder possui um potencial absurdo que pode superar qualquer coisa já feita no ramo de super-heróis. Se o primeiro capítulo da trilogia da Liga da Justiça remete tantos aspectos de uma saga consagrada, como o Senhor dos Anéis, imagine o que poderia alcançar com a Liga da Justiça – Parte 2, tendo um aspecto de terra devastada e desolada, ao estilo mad max, com heróis e vilões unidos para defender o planeta Terra, vivendo um suspense e terror, na surdina, como uma resistência, perseguida diariamente, não podendo fracassarem em sua missão de voltarem no tempo e mudarem a história. O quanto seria interessante ver que, no passado de cada um deles, as inúmeras diferenças entre os mocinhos e bandidos foi abandonada, em troca da manutenção da vida no planeta… – Até onde sei, isso ainda sequer foi abordado com personagens de quadrinhos em Live Action! – Se a Parte 2 já desperta interesse por sua peculiaridade, a parte 3 e conclusão da saga iniciada em o Homem de Aço, seria a cereja do bolo.Como não imaginar os exércitos das Amazonas, lideradas pela antiga princesa Diana, agora como título de rainha; os exércitos Atlantes, liderados pelo antigo príncipe Arthur, agora como título de rei dos oceanos; John Stewart, liderando as tropas dos lanternas verdes, com seu exército esmeralda de OA; Superman liderando os exércitos da Terra, como deuses encarnados em completo poder, tendo todo o mundo como a própria Liga da Justiça, enfrentando toda a armada colossal de Darkseid, com seus asseclas Desaad e seu estilo torturador, e Vovó Bondade, comandando suas fúrias assassinas e impiedosas, com todos os exércitos celestes de Apokolips chegando, e não vibrar ou se emocionar com a grandeza que uma batalha dessas possui?
O nível épico estonteante dessa saga de Zack Snyder é claro ao dizer, e afirmar, que seria grandioso, impactante e emocionante. Assim como O Senhor dos Anéis é o modelo e espelho para qualquer obra de fantasia a ser adaptada em Live Action, pela sua qualidade incontestável, a Liga da Justiça de Zack Snyder, será o modelo e espelho para qualquer saga grandiosa, dentro do gênero de super-heróis.Já conhece o nosso Portal no Twitter?
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