Produzido por Mel Gibson (Coração Valente) e estrelado por Jim Caviezel (A Paixão de Cristo), Som da Liberdade chega aos cinemas brasileiros, após passar por diversas polêmicas em torno de seu lançamento. Antes de mais nada, ressalto todo o asco que marca algumas passagens do filme. O que, porventura, pode ser devastador para quem não esteja preparado. Então, antes de ir aos cinemas desavisado(a), confira abaixo o que te espera.
- Trailer:
- Sinopse: O filme é baseado em uma história real e acompanha o ex-agente especial do Governo Americano Tim Ballard (Jim Caviezel), que embarca em uma missão arriscada para resgatar crianças vítimas de tráfico infantil. Na Colômbia, Ballard decide deixar seu cargo no Governo para seguir em busca da quadrilha em sua jornada que, agora, se torna pessoal.
Minhas impressões
Em primeiro lugar, um filme que tem como objetivo contar uma história sobre o tráfico sexual de crianças, já assume para si uma enorme responsabilidade. E como acontece com diversos filmes que são propagados como “baseado em fatos reais”, é natural que ocorra a discussão de até onde a liberdade criativa pode afetar a desconfiança acerca da verossimilhança dos eventos narrados.
Definitivamente, não tenho como precisar a veracidade de tudo que vi em tela, em Som da Liberdade. No entanto, posso atestar que o roteiro de Alejandro Monteverde e Rod Barr faz um trabalho digno durante os dois primeiros atos em orquestrar um ótimo suspense dramático. Nesse sentido, a prioridade é a conscientização acerca da total falta de limites éticos e morais oriundos de obscuros desejos sexuais, e principalmente, da ganância.
Jim Caviezel entrega uma ótima performance de imposição no papel de Tim Ballard, um ex-agente do departamento de segurança interna. Por outro lado, quem mais se destaca é o elenco mirim, capaz de atingir um nível emocional de atuação surpreendente, em especial Cristal Aparicio (Rocio Rodrigues).
No terceiro ato, o filme peca um pouco em virtude de uma apelação excessiva ao sentimentalismo, que aliada a uma trilha sonora em muitos momentos exagerada, tem como resultado algumas sequências um pouco enfadonhas. Contudo, nada que tire o mérito, tanto do argumento utilizado, quanto da qualidade da produção.
Conclusão
O conto de um homem relativamente bom numa jornada de fé e em busca de justiça, é de fato, encantador. Entretanto, a revolta e a perplexidade provenientes das situações expostas são o que mais chamam a atenção.
Em síntese, analisando a partir de um ponto de vista criativo, Som da Liberdade põe o dedo na ferida. Ele incomoda, denuncia e emociona. E através da fé, tenta dar também um pouco de esperança. Menos mal que a fé seja a firme confiança naquilo que não se pode ver. Pois, sinceramente, não sinto que o filme, extremamente hábil em evidenciar o lado podre do ser humano, consiga surtir este efeito em muitas pessoas.
Som da Liberdade estreia nos cinemas, dia 21 de setembro de 2023.
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Muito Bom!8/10 Muito Bom
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3 comentários
Irei prestigiar o filme… Obrigado pela análise, estou vindo pelo telegram.
Mal posso esperar pra vê esse filme.
Crítica muito honesta, obrigado! Eu já pretendia assistir desde o primeiro trailer que vi na época da pandemia. Pretendo ver no cinema e divulgar bastante.