Sentamos, novamente, à frente do diretor Zack Snyder, que abriu a sala da sua casa, via Zoom, num papo solto, leve e descontraído. Momentos antes de iniciarmos a entrevista, o alarme do iPad do filho de Zack tocou, ele pediu alguns minutos para desligar. Posteriormente, quando retornou, falou em tom brincalhão como apreciava a ambição do caçula em tentar acordar cedo como ele, mas que ainda nunca o viu fazer isso. Em outro momento, houve uma falha de sinal da internet que fez Snyder cair da chamada. Quando voltou, com um semblante de “tecnologia, quem entende?”, pediu desculpas e retomou exatamente de onde havia parado, em sua empolgada explicação.
Além de conversas paralelas, Snyder foi obstinado para dar um recado aos fãs brasileiros, em português. E dizemos obstinado, pois o cineasta dificilmente fala algo fora de sua lingua nativa. Esse momento rendeu boas risadas tanto da parte dele, como da nossa, que se divertiu ao saber como era chamado no Brasil. Logo depois, também aproveitamos para perguntar se ele gostou dos presentes que recebeu em sua vinda ao Brasil em Junho, para o evento TUDUM Netflix. Depois que esboçou um sorriso, Zack expressou sua gratidão, afirmando sempre adorar essas surpresas, e foi então que o diretor revelou em primeira mão que voltaria ao Brasil novamente para a CCXP23.
Mas listamos tudo isso para fazer um paralelo de como o diretor estava tranquilo e muito mais solto, diferente da entrevista de 2021, onde se apresentou visivelmente desgastado pelo cabo de guerra que enfrentou até o lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder. Dessa vez, focado em Rebel Moon, não só arrancamos algumas novidades sobre esse universo que se inicia, como vimos a empolgação de um criador entusiasmado em mostrar como foi a montagem de sua obra.
ENTREVISTA EXCLUSIVA COM ZACK SNYDER
Portal Zack Snyder Brasil: Da última vez, tivemos o prazer de falar sobre o tão aguardado lançamento do “Snyder Cut”. Hoje, falaremos sobre e focaremos no ArmyVerso, Rebel Moon e algumas análises destas obras. Com o seu retorno ao gênero zumbi, estamos muito ansiosos em saber o que esperar do futuro do ArmyVerso. Durante a Geeked Week (2022), você disse que o loop temporal em que os personagens se encontram em AOTD, pode ser verdadeiro. Teremos mais disso em Planet of the Dead? O que aconteceu com Dieter e os outros personagens? E que história é essa de linha do tempo compartilhada com Rebel Moon?
Zack Snyder: Então, o que aconteceu foi que enquanto estávamos trabalhando na série animada (que, como sabem, foi adiada por hora, embora já tenhamos todas vozes gravadas, todos os atores gravados, todos os animatics prontos… Na prática, dá pra assistir. Só não está com a animação totalmente pronta). Enquanto estávamos trabalhando nele, Shay e eu estávamos discutindo… porque é um tipo de história de origem de como os zumbis chegaram até nosso planeta, nosso mundo… De onde vieram e o que são. Portanto, durante essa discussão, nessa época, estávamos trabalhando também em Rebel Moon. Porque… Dá pra deduzir que a origem da praga dos zumbis é extraterrestre, e esse conceito nos interessava… Não é apenas extraterrestre, é quase interdimensional, quase… Não é como se tivessem vindo numa espaçonave à Terra, tem todo um lance que aconteceu. Então espero que dê pra vocês assistirem a essa série porque é bem legal… Mas então, com isso sendo resolvido, acabou que deu pra interligar esses dois universos… No exato momento de maneira incerta, mas… Enfim… Quem sabe? É só porque eu gosto da sugestão e… Descobrimos que em Army of the Dead tem um planeta chamado Xanadu, que os técnicos da Área 51 que descobriram esse planeta o batizaram de Xanadu… Não sei se por causa da Olivia Newton-John, mas… Os “Xanaditas” são esses alienígenas lindos, enormes e azuis… E é em Xanadu que muitas das aventuras de Army of the Dead acontecem, com os “Xanaditas” e tem uma rainha chamada Maru que acabamos encontrando. Daí tem uma cena em Rebel Moon num bar em Providence, que é uma cidade portuária que fica perto, em Veldt… E no bar, no bar de bordel… Na real é um bordel mesmo… Tem um “Xanadita” que maquiamos e caracterizamos no bar, e no corte do diretor de Rebel Moon, o bartender e o “Xanadita” têm uma conversa em que mencionam a Rainha Maru, mas depois acabam indo para outro assunto… Enfim, é assim que isso aparece em Rebel Moon. É uma parte pequena, mas sugere possivelmente… Não sei… Achamos divertido. E sobre o que o futuro guarda sobre o ArmyVerso… Eu amo o universo de Army of the Dead,tudo dele… Estou empolgado, motivado e ansioso em continuar essa série de filmes.. No exato momento, meu foco está em Rebel Moon, mas sem dúvida, não abandonei ou esqueci o ArmyVerso e estou empolgado em continuar essas histórias.
ZSBR: Em contra partida, é ótimo saber que vai continuar, apesar de estar parado.
Sim, certamente apenas numa pequena pausa.
REFLEXO DA SOCIEDADE EM SUAS OBRAS
ZSBR: Notamos que em alguns dos seus filmes, como Sucker Punch, Army of the Dead, 300, Watchmen e até Snow Steam Iron, você já caracterizou predadores sexuais e sempre alguma consequência muito violenta para eles, seja por vingança pessoal ou o desejo de qualquer mulher que já tenha sofrido abuso sexual. Vimos isso, também, de relance no trailer de Rebel Moon. Em resumo, existe algum motivo específico para tocar nesse assunto?
É, assim… Se tem um motivo específico, se existe uma regra ou uma agenda que eu sigo em relação a esse assunto? Eu acho que não, quer dizer… Eu nunca fui a um psiquiatra ou terapeuta pra falar disso mas… Eu apenas acho que… Desde o início dos tempos existe esse desequilíbrio na maneira como a sociedade se formou… E assustadoramente conseguimos viver nela, apesar de termos respeito um pelo outro e convivermos civilizadamente… E todos têm auto governança e dignidade, pelo menos é o que almejamos, né? Mas que dentro disso existe esse paradoxo em que se tudo for levado a um nível animal, existe esse potencial para abuso, e isso é algo que eu não gosto… Não só não gosto, mas sinto que do ponto de vista mitológico acho importante, da maneira mais básica, dar ênfase às consequências desse comportamento… Não sei se faço de propósito, mas é certamente algo de que não gosto.
ZSBR: Em Rebel Moon, a história retrata um grupo de rebeldes que unem forças para lutar contra um regime totalitário e ditatorial (ou planeta, pode-se dizer). Nesse sentido, você diria que seus filmes tentam, de alguma forma, discutir a sociedade?
Acho que, na maneira em que… Iconograficamente fomos educados a respeito de países imperiais, monarquias, reinados, seja lá o que forem… Parece que… A História evidencia que a conquista do outro não é algo correto, moralmente… E eu acho, sinceramente, que o que fizemos foi a partir das lições mais napoleônicas. Sou um estudioso de Alexandre o Grande, de Napoleão e… Aquilo nunca funciona 100%, né? Deve ser daí que vem… E nós precisávamos de um modelo, sabe? Eu tinha escrito um roteiro para Warner, logo antes de Army of the Dead, junto com o Kurt, chamado “Blood & Ashes” (Sangue & Cinzas), que é sobre Alexandre o Grande (não foi filmado ainda, mas tenho o roteiro) e sua relação com Heféstio e como ela evoluiu durante suas campanhas até o momento de suas mortes e o que a relação significou para ambos… Quando Heféstio morreu e o que fez com que Alexandre morresse, mas enfim… Dessa forma, como você pode imaginar, a pesquisa que fizemos sobre isso não foi pouca… Acho que é daí que vem isso.
SNYDER COMO FÃ DE STAR WARS
ZSBR: Muito legal. Adorei a referência napoleônica. Demais! Por conseguinte… Sabendo que Rebel Moon nasceu da tentativa de vender um potencial filme de Star Wars e considerando as influências desta saga (como podemos ver nos trailers), o que Star Wars significa para você tanto como fã, quanto como diretor?
Pra mim, especialmente a trilogia original, meio que se transformou em mito, não é mais apenas um filme… Pra mim. Especialmente os primeiros três filmes, sabe? E eu sou fã de seja lá o que estiverem fazendo lá, acho legal… Mas aqueles filmes, pra mim, são separados de certa forma da propriedade geral que Star Wars virou. Então… É isso que quero dizer. Tenho mais interesse no que senti vendo Star Wars e O Império Contra-Ataca no que diz respeito ao período em que foram feitos e como foram feitos… E tudo que os envolvia, pra mim e na idade que eu tinha na época, era mágico e misterioso… Tinha muitas características do que se considera mito… E, como sabem, em 1981 foi quando saiu Excalibur, então esses dois filmes, a mitologia deles, pra mim como um jovem… Fui muito influenciado por Star Wars e suas origens míticas e depois Excalibur, que me fez me aprofundar na lenda do Rei Arthur e depois em Joseph Campbell e a Jornada do Herói, então… Tudo isso aconteceu ao mesmo tempo. Então, no mínimo, ao ver Rebel Moon, percebe-se que essas influências são muito fortes e… Como já falei até, está mais para Fantasia do que Sci Fi. Aproxima-se mais de O Senhor dos Anéis do que de Creator (A Resistência), sabe? Não é uma ficção científica à risca.
ZSBR: Rebel Moon possui personagens humanóides, e como falamos sobre Star Wars, como é neste universo, suas origens permanecerão um mistério…
Você diz os robôs ou criaturas de maneira geral?
ZSBR: Isso, de maneira geral. Personagens semelhantes a humanos. Então a pergunta é se suas origens permanecerão um mistério ou se podemos esperar uma espécie de “Animais Fantásticos” para explicar sua existência no universo de Rebel Moon?
Acho que para os que desempenham um papel crucial… Neste filme, como estão se aventurando pelo universo… Sabemos o que eles sabem, estamos vendo o mundo do ponto de vista deles… E como personagens que encontram essas criaturas o tempo todo, não ficam propriamente… Eu não diria impressionados, mas surpresos com a existência de criaturas estranhas. Não se alteram por conta deles. Assim não ficamos sabendo do porquê dessas coisas, elas apenas são. Mas certamente no futuro se alguma criatura precisar ser explicada ou investigada, ou se suas origens precisarem ser levantadas, certamente teremos prazer em fazê-lo…
SOBRE O UNIVERSO DE REBEL MOON
ZSBR: Você chegou a mencionar, antes, a ideia de desenvolver spin-offs de Rebel Moon em animação, HQ e games. Desse modo, há alguma chance de termos uma série live-action de Rebel Moon?
Olha, é algo sobre o qual discutimos que seria muito legal, divertido, então… É aquilo. Cruzemos os dedos, certamente é uma possibilidade… Tem muito a ver com… Imaginar o sucesso de Rebel Moon e como será a recepção na Netflix, pela cultura pop… Com certeza adoraria fazer algo assim, seria bem divertido.
ZSBR: Perfeito… Sobre o quadrinho “prequel” House of The Bloodaxe, será lançado no Brasil?
Espero que sim! Vamos fazer uma notinha. “Brasil, por favor!” [risos]
ZSBR: A gente tem um histórico de fazer coisas acontecerem a partir de uma entrevista, então…
Verdade!
ZSBR: Quem sabe não repetimos o feito? [risos] Falando nos games de Rebel Moon, tem algo que possa compartilhar?
Deixa eu ver… Falamos de… Vou me limitar a dizer que o game para celular no qual estamos trabalhando… Que eu espero que seja expandido, mas… Além disso, os caras que trabalham no jogo conosco se aprofundaram tanto na mitologia, e foi tão legal e divertido de vê-los tão ávidos e empolgados em simplesmente explorar cada canto… A gente se falou no telefone e eles tavam nerdando tão fortemente, foi o máximo! E eles sempre ficam “que tal…? Seria possível se…?” e fazem umas perguntas loucas… “Se fizéssemos isso ou aquilo…”, bem legal… Então basta dizer que eles realmente foram a fundo na mitologia, nós nos testamos… Na verdade foi um ótimo teste decisivo da mitologia em si pra ver ela se sustenta quando é levada ao seu limite, “dá pra fazer isso ou aquilo?”, “isso vai foder aquilo?”, esse tipo de coisa. Acho que vocês verão como é divertido porque… Não é só um jogo pra celular, eles realmente ficaram obstinados em desvendar o impacto causado no universo geral pela pequena história que estavam contando no jogo, então achei bem legal. Vai ser divertido.
ZSBR: Mal posso esperar…
Porque a gente meio que já fez isso antes com os jogos pra celular, sem grandes pretensões… Mas depois de conhecer esses caras, fora que é incrível o que dá pra fazer com o celular hoje em dia, então… Fiquei bem empolgado ao ver que não era algo isolado, que eles realmente encontraram um jeito de desenvolver o universo e a propriedade em si com o jogo. Acho que é a mesma coisa com o trabalho incrível da Mags, tenho um orgulho tremendo do quadrinho e ela fez um trabalho fantástico escrevendo-o… E como podem imaginar, foi uma longa e incrível troca de idéias, procurando entender os porquês e os caminhos do universo e como Bloodaxe se relaciona com o Imperium e ao Mundo Mãe… Onde estavam… Em suma estou bem empolgado com aqueles caras terem pego a oportunidade de estender os limites da propriedade e brincar com isso. Foi divertido de ver, e como um modelo pra seguir adiante, achei que criaram uma relação ótima entre o que eu fiz e o que seria possível, sem fugir do cânone ou tentar reinventá-lo, que é a parte complicada.
INFLUÊNCIA DA NACIONALIDADE DOS ATORES NOS PERSONAGENS
ZSBR: Certo. Ótimo. A próxima pergunta é sobre algo que me ocorreu ontem à noite depois de ver o trailer. Em grandes obras de Fantasia e Sci-Fi (ou como você descreveu bem, Fantasia Científica) que contêm a construção detalhada de universos originais, é muito comum ter culturas do mundo real influenciando a criação da estética das culturas fictícias. Quando se fala de O Senhor dos Anéis ou… Nesse sentido, no caso de Rebel Moon, Veldt parece até certo ponto um exemplo de, talvez, influência escandinava ou nórdica, sem contar ter um personagem chamado Gunnar e também a escalação de Ingvar Sigurðsson, que é sensacional. Sou muito fã…
Ele é muito bom, aliás.
ZSBR: Então eu queria saber se é este o caso e se você podia falar sobre outras culturas que influenciaram os mundos e personagens deste universo.
É, eu certamente usei um pouco o modelo escandinavo para Veldt e para os aldeões. Senti que era um jeito de representar uma cultura isolada, e a Kora adentrando essa cultura… Porque a etnicidade natural da Sofia fazia com que destoasse deles, afinal são um bando de escandinavos. Não são preconceituosos com ela nem nada, mas ainda assim ela é uma completa forasteira. Então foi para chamar atenção para a diferença entre eles, e também aproveitar o que eu chamaria de uma cultura agrária, de um povo da terra tradicionalmente comprometido com a colheita… É o que são. Uma comunidade de fazendeiros. Eles terem uma tradição antiga era o que queríamos destacar… E funcionou dessa maneira… E é claro, o que tentamos fazer ao montar o elenco… Um exemplo seria a Doona Bae… Ao sabermos que ela tinha sido escalada, deixamos com a sua iconografia cultural coreana (através de pesquisa e conversas) ditasse a estética da personagem. Para haver um alinhamento cultural com o ator em questão, deixar claro que cada um deles teria… Dá pra imaginar que seus planetas natais são como se fossem seus países natais, culturalmente… Não à risca, até porque é um filme espacial, mas como uma forma de usar suas culturas para que aquilo ditasse como seriam seus mundos. Foi mais ou menos assim nossa abordagem.
ZSBR: Fantástico. Adorei, obrigado. Rolou uma competição de arte em que tinha que se criar um personagem para Rebel Moon. Este personagem será desenvolvido ou ele/ela será apenas, digamos, uma participação especial? Pode falar alguma coisa sobre?
Não tenho certeza total ainda mas, como se diz, o céu é o limite no momento. À medida que escreveremos… Possivelmente um terceiro filme… Ou outras histórias contidas… Quem sabe que papel esse personagem vai ter? O céu é o limite, como dizem, no momento.
O ESTILO DE DIREÇÃO
ZSBR: Ok, estamos chegando na nossa última pergunta. Você disse uma vez que usa a câmera lenta como uma forma de fazer uma pintura em movimento. Dentre as várias particularidades dos seus filmes e sua assinatura única como diretor, se pudesse descrever seu estilo como diretor e produtor, como o faria?
Acho que… Eu diria que tenho uma abordagem muito intuitiva ao fazer um filme. Me esforço ao máximo para analisar o material antes de rodar e também no processo de escrever o roteiro. Certamente, ao trabalhar, ao escrever, eu desenvolvo minha percepção do que minhas intenções serão visualmente, quando chegar a hora de gravar. Mas na hora mesmo de gravar, no que diz respeito a FPS, tempo de exposição e todas as coisas que compõem o que você vê… Apesar de ser influenciado pelos desenhos que faço, fotógrafos de quem gosto… Eu gosto de, meio que… Esse é a hora do “jazz” da coisa, que permite com que ainda seja super fresco e absurdamente intuitivo e… Que permite improvisação na hora de filmar de fato. Realmente gosto de sentir no dia, quando se trata de FPS e afins… Não esqueçam que grande parte é super bem coreografado, todas as lutas foram elaboradas, as posições exatas de todos, construímos esses sets gigantes, todo mundo sabe como se defender em cena… Então quando chega a hora do momento a ser “fotografado”, é ali que eu tento dar algum espaço para improvisação, onde você deixa fluir, sente, procura entender onde vai, de onde veio, tenta meio que usar a técnica que estiver ao seu dispor a partir do seu vocabulário para realizar a tomada do jeito que visualiza. É ali que você chega a resultados inesperados, interessantes… É como você dá forma à cena, e se você sabe o que quer, este é o momento para o público e você… Porque eles estarão absorvendo isso visualmente e emocionalmente, e você está tocando o instrumento neste momento e tem que haver um quê de… Não quero dizer performance ao vivo, mas um quê de improvisação. Acho que é ali que ocorre a conexão, na hora de realmente fazer a tomada. Realizar aquilo no momento mantém o frescor e o ineditismo para todo mundo. Não sei se faz sentido, mas esse é o clima.
ZSBR: Irmão, muito obrigado novamente pelo seu tempo… E por ser tão generoso. Falamos em breve.
Obrigado a vocês! Valeu! Nos vemos no Brasil.
Confira a entrevista na íntegra em nosso canal do Youtube:
Mediador e Tradução: Geraldo Côrtes | Pauta: Equipe ZSBR | Edição: Andre Guilherme | Revisão: Raquel TF.
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