Hoje, resolvi trazer algumas explicações acerca das cenas de Rebel Moon que talvez você não tenha entendido. Entretanto, como algumas são puro ‘suco hate’, não pude deixar de ler comentários maldosos de quem assistiu a Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo ~ talvez com extrema má vontade ~ e acabou sem entender várias tomadas. Então, cá estão algumas respostas que podem explicar o que “ficou sem sentido”. Apesar de parecer despeito, minha ideia é genuína, afinal algumas coisas você só entende quando assiste mais vezes. É do jogo!
Então, em outras palavras, vamos juntar as peças do quebra-cabeça, derivado da narrativa alternativa adotada para o filme, para facilitar a sua imersão do Universo Rebel Moon. No final, deste artigo, é capaz que esteja muito mais dentro da história e preparadíssimo(a) para a parte 2!
Em ordem cronológica, uma das primeiras coisas que vi reclamarem foi:
Por que Sindri mentiu para Atticus Noble?
Alegação
A alegação diz que Sindri não tinha motivos para mentir. No entanto, sobreviver seria um motivo e tanto. Os argumentos giram em torno dele querer proteger seu povo e saber que o Mundo-Mãe não aceitaria um ‘não’ como resposta, mas mesmo assim negar.
1ªs Explicações (Contexto)
Por mais que algumas coisas nos pareçam óbvias, para algumas pessoas não são. Então, respondendo a isso, quando Kora vê o Dreadnoughts (encouraçado) do Mundo-Mãe adentrando o céu da Lua de Veldt, ela sabe tudo o que está por vir.
Apesar de ser um mundo atrasado, fora da esfera de influência do Mundo-Mãe, Veldt é o coração de Rebel Moon. Isso por conta da vila agrícola, de cultivo de trigo, o qual é a principal fonte de comércio da aldeia. Assim, os aldeões de Veldt dependem do trigo para alimentação e troca. Os campos de trigo que cobrem grande parte da lua de Veldt são essenciais para o seu povo. No entanto, as fontes de alimento são um recurso instável na galáxia. Logo, a colheita fértil é também a razão pela qual a comunidade agrícola recebe ameaça do Mundo-Mãe.
Sendo assim, quando Kora corre e toca o sino, avisando a aldeia da chegada de Noble, Sindri imediatamente a pergunta “o que acha que eles vieram buscar” e sua resposta é “tudo”. Logo na sequência, eles fazem uma pequena reunião na aldeia, onde ela explica que “essa nave não representa prosperidade. O propósito dela é destruir, subjugar e escravizar”. Ela ainda aconselha a “dar o que eles pedirem, mas não deixar escapar que aquela terra é fértil”.
Sabendo disso, não é de se estranhar que Sindri tenha mentido sobre a terra não ser totalmente produtiva. Existia uma pequena chance de saírem vivos dali: dar somente o que Noble queria e nada mais, e torcer para que fosse suficiente.
2ªs Explicações (Problema)
O problema ocorre quando Gunnar passa por cima de Sindri e fala das reservas de trigo, visando o valor que poderiam receber por elas. Portanto, a ação de mentir de Sindri não foi a causadora de sua morte. Foi a afronta de Gunnar que fez com que Noble não só se sentisse traído por Sindri, resultando em sua morte, como percebesse que a terra ali era fértil o suficiente para explorarem todos os recursos.
Por que Kora abriu o jogo no Bar de Providence?
Alegação
A alegação é Kora e Gunnar entrarem no bar, logo após o contato dele ser preso, na frente do local, por caçadores de recompensas e ainda quererem obter informações. Isso porque, mediante o argumento, como fazia pouco tempo que alguém foi preso por atividade revolucionária, ali na frente, não teria explicação ela, mesmo assim, perguntar sobre General Titus, porque dificilmente obteria resposta. Entretanto, na sequência, obter uma resposta imediata sobre Titus estar lutando em Pollux causou mais estranheza. A interpretação para esta cena, foi que Kora revelou “detalhes” para desconhecidos, esperando receber ajuda dos amedrontados que ali estavam.
1ªs Explicações (Bar)
Contudo, se olharem bem a reação das pessoas que estavam na sacada do Bar de Providence, sequer estavam amedrontadas. O mesmo é perceptível com os clientes de lá. Isso nos passa um ar de costume, como se todos ali já estivessem habituados à presença dos caçadores de recompensas e “suas” máquinas de mobilização.
O Bar de Providence, provavelmente, é um local dos renegados, que não têm mais nada a perder. O Guia da Netflix comprova esta versão. Este bar fica na Cidade Portuária de Veldt, “Providence”, que “não é um lugar para ficar, apenas para passar. Tudo está à venda para quem tem dinheiro, ou não se importa em pagar com sangue”. Nesta tomada, fica evidente que Zack Snyder trabalha nos detalhes e se você não os percebe, não entende as cenas completamente.
Ou seja, ninguém estava com medo. Tudo estava a venda, inclusive uma informação como a que Kora foi buscar. Entretanto, se couber uma dúvida aqui, a pergunta correta seria “por que a informação sobre Titus não foi vendida?”
Gunnar, então, compreende que precisam de uma nave e Kora concorda, dizendo que “este é o plano”, sem dar maiores detalhes. Isso não é o mesmo que “abrir o jogo no bar”. Estes, são dados na nave, e daí sim, revela ingenuidade dela.
2ªs Explicações (Informação)
Além disso, o contato de Gunnar foi preso porque mediou a venda de trigo para os irmãos Bloodaxe, especificamente, e porque este sabia onde encontrá-los. Apesar de Atticus Noble percorrer a galáxia atrás dos rebeldes revolucionários, o foco dele, naquele momento, era os irmãos Bloodaxe. Na conversa com Sindri, Noble deixa claro que “os rebeldes que eles procuram, atacam seus portos de abastecimento”. Por fim, “admite que estão com estoques reduzidos”, mas como “o que move o exército é o estômago”, estavam atrás da fonte de alimento. Digo isso, porque Noble estava em uma missão, a pedidos do Regente Balisarius, de caçá-los e puni-los. E vendo pelo lado de que Noble demonstra certo medo de seu regente, não é de se estranhar que não desviasse do foco.
Então, Kora perguntar sobre o General Titus é normal, porque era a única coisa que ela podia fazer, afinal Gunnar tinha informações suficientes que a levaria aos irmãos Bloodaxe. Só para lembrar, Gunnar havia acabado de dizer a ela que “eles estavam abrigados em um planeta chamado Sharaan, protegidos por um rei chamado Levítica”. Ademais, o General Titus não era uma preocupação para o Império, no momento. Titus teve uma crise de consciência após o assassinato do rei. Em Sarawu, ele foi ordenado a atirar contra seu parlamento rebelde e desobedeceu, resultando na morte de seus homens e em seu próprio exílio. Ou seja, o Império o exilou em Pollux, ele não era um fugitivo. Isso significa que a informação que Kora foi buscar não era nenhum “bicho de sete cabeças”.
Por que Kora confiou no Kai?
Alegação
A alegação é que eles acabaram de se conhecer e Kora tinha recém visto ele apertando as mãos dos “caçadores de recompensas”. Logo, por obviedade, Kai havia acabado de entregar o contato de Gunnar para eles e recebido sua recompensa por delatá-lo. Assim, a traição de Kai já era prevista. Mas, apesar de que ‘vendo por esse lado’ a alegação fazer sentido, há algumas explicações que precisam de análises mais profundas, antes de dar maiores detalhes.
1ªs Explicações (caçadores de recompensas)
Para começar, aquela criatura azul são os falcões e o caçador de recompensa é o Kai. Neste momento, algumas alegações fazem parecer que as criaturas são os caçadores de recompensas, mas pela lógica quem delata recebe pagamento, não paga. Quem vai à caça são os predadores. No entanto, quando os falcões trabalham em troca de recompensas, então aí são Caçadores de Recompensas. Embora sejam mediadores entre Kai e o Império, os falcões frequentemente mudam de papéis, Não altera muita coisa, mas enfim, era importante frisar, afinal é como funciona.
Apesar de, inicialmente, Kora apresentar os falcões, ao Gunnar, como “caçadores de recompensa” e afirmar que “eles trabalham para o Império”, ela ainda pergunta ao Kai se “aqueles falcões que o pagaram, trabalham para o Mundo-Mãe”, ao que Kai responde que “não perguntou” a eles. Isto demonstra que ela não tinha certeza a quem eles servem, embora soubesse da má reputação, tampouco a importância do contato de Gunnar para eles. Então, ela pergunta novamente ao Kai se ele é “assassino de aluguel” e ele responde que é um “oportunista”, ao que ela ironiza, chamando-o de herói. Independente da resposta, Kora precisava unir ‘o útil ao agradável ‘.
2ªs Explicações (Confiança)
Mesmo assim, Rebel Moon tem um slogan marcante, que é “não há heróis, há rebeldes”. E se o grupo de Kora é formado por rebeldes, não por heróis, Kai era carta fora do baralho, desde sempre. Isso leva a crer que ela talvez soubesse que ele não é confiável, no entanto, ele matou uma criatura humanóide para salvá-la. Quais, então, eram suas reais opções?
Claro que estas não são explicações óbvias, porque de fato, são um pouco confusas e ela demonstra, mesmo, certa ingenuidade. No entanto, Kora jogou com a sorte, afinal qualquer pessoa aceitaria uma chance de se vingar do Império. Ela não tinha nada a perder, tampouco tinha outra opção a não ser confiar nele, afinal ele tinha uma nave. E nave é uma coisa que Kora precisava para chegar em Pollux e Sharaan. Sendo a combatente que ela é, qualquer coisa que ele fizesse, ela resolveria depois. Portanto, não é tão absurdo assim…
Por que apostar a sua liberdade em Tarak, que acabou de conhecer?
Alegação
A alegação é que Kai sugeriu Tarak, mas como Kora acabou de conhecê-lo, confiar que Tarak domaria a Bennu foi o segundo momento ingênuo de Kora.
Explicações
De fato, Kora confiou em Kai, quando ele parou em Neu-Wodi para resgatarem Tarak. Sabendo que seria impossível pagar o preço de sua liberdade a Hickman, Kora perguntou se Tarak conseguiria domar a Bennu e este confirma que sim. Em um dos diálogos que Kora tem com Hagen, logo no início do filme, ele afirma que ela “conhece esse universo melhor do que ele”. Não seria ingenuidade achar que Kora não soubesse quem era o Príncipe Tarak Decimus, último sobrevivente de seu planeta Samandrai, cuja fama envolve crimes contra o Mundo-Mãe?
Além disso, como falei em outra análise deste Portal, a Kora representa a virtude da coragem. Ela correria o risco, tranquilamente, mesmo se Tarak não conseguisse domar a Bennu, afinal é uma combatente implacável! Hickman estava tão certo da aposta que só esperava lucrar com o trabalho forçado de todos. Para apostadores natos, é quase sempre “tudo ou nada”. Ao menos, aqui, Hickman foi honesto e a aposta foi justa. Contudo, não seria ingenuidade achar que Kora aceitaria virar escrava de Hickman e que Kai não faria nada para se livrar dele? Afinal, ambos estavam armados.
Por que reunir a equipe foi tão fácil?
Alegação
A alegação é que não deveria ser tão fácil criar uma força de combate de elite para enfrentar o Mundo-Mãe. O argumento é inexistente, só porque a pessoa acha, mesmo, mas se baseia no desconhecimento do motivo de todos da equipe aceitarem fazer parte daquilo.
Explicações
Aqui, já percebi que havia uma enorme vontade de criticar tudo em Rebel Moon, independente de parecer chatice em demasia. Mas, vamos lá! Foi fácil, porque os motivos são claros. Kora perdeu sua família num combate com o Mundo-Mãe, foi adotada pelo seu inimigo, sem nem entender o porquê. É filha da guerra e a própria ideia de amor, de família, foi arrancada dela, sendo ensinada que amor é fraqueza. Agora, ela encontrou um lar e vê a necessidade de protegê-lo. Gunnar não tem outra escolha e precisa se redimir perante sua comunidade.
Tarak já tem crimes contra o Mundo-Mãe, que destruiu o seu planeta. Numa conversa com Milius, após perder Darrian, ele diz que “conhece muito bem a culpa de seguir em frente quando seus companheiros de luta se foram”. Por fim, a aconselha “a honrar Darrian, com tudo o que puder de agora em diante, levando-o consigo”. Titus não quer redenção, quer vingança, afinal vive consumido pela culpa. Já Nêmesis é uma mãe que teve sua família assassinada pelo Império e jura vingança, já tendo matado sozinha 16 oficiais de alta-patente do Império e suas equipes de segurança, em uma caçada para vingar a chacina de seus filhos. Para todos, a honra e a vingança são motivos suficientes.
Darrian, por sua vez, acreditava na causa. Seu discurso é esmagador! Afinal “se o fazendeiro os achou, não demoraria até Noble encontrá-los”. Sua motivação era “não permitir que mais um mundo fosse destruído em seu nome”. Ao perguntar quem o acompanharia nesta jornada, questiona se “enfrentar um encouraçado a serviço do mundo-mãe” já não é o que defendem” e se a equipe de Kora não é “quem eles já foram”. Para Darrian, “se não os ajudarem, então a revolução seria em vão”. Este seria um motivo e tanto, não acham?
Todo mundo aceitaria qualquer chance de vingança contra o Reino, mesmo se o pagamento fosse só um saco de grãos. – Kai.
Por fim, só uma pergunta: Por que a necessidade em ser difícil, se teoricamente, serão pagos por isso?
Por que os métodos do Mundo-Mãe não fazem sentido?
Alegação
A Alegação é que quando o Rei diz a Kora que sua filha devolverá o Mundo-mãe a uma era mais brilhante porque ela tem magia, ele poderia parar a guerra sozinho. O argumento é que só não o fez, porque o Mundo-Mãe precisa dos recursos dos planetas que conquista. Além disso, discorrem sobre o que se vê, ser uma destruição desenfreada, onde parecem gastar muito mais recursos do que ganham. Desta forma, isso se configuraria uma confusão que reforçaria a ideia de que não devemos pensar muito sobre os vilões, afinal eles seriam apenas malvados para o bem deles.
1ªs Explicações (Ambientação)
Em primeiro lugar, “gastar muito mais recursos do que ganham” é uma lei entre todas as ditaduras do mundo, e realmente não faz sentido, tampouco no mundo real. Em Rebel Moon, há um Império ditador e, portanto, ele seguir a premissa de “gastar mais do que arrecada” é apenas uma representação da nossa realidade. Já a cobrança de que vilões precisam de motivações para serem malvados, aparentemente, só existe para filmes do Zack Snyder. No entanto, se virmos os vilões da vida real, basta um grau de psicopatia e a fome de poder, que podemos facilmente responder a essa indagação. Algumas pessoas são, simplesmente, mais cruéis quando estão no poder. A expressão, aqui, “quer conhecer uma pessoa de verdade? Dê poder a ela” é auto-explicável.
Em segundo lugar, na introdução, temos breves explicações sobre o Universo de Rebel Moon. Em resumo, o Rei ficou insaciável pelo poder real e consumiu todos os recursos de seu planeta, o que resultou em enviar seus exércitos para conquistar o restante da Galáxia. Já no flashback de Kora, ela conta ao Gunnar que o Rei lhe contou “ter esperanças de que, quando a Princesa Issa se tornasse Rainha, ela trouxesse a compaixão que ele perdeu”. Essa passagem não é tão confusa quanto parece. O Rei apenas não se achava digno de trazer “o início de algo melhor”, por ser o causador da guerra que se mantinha.
Além disso, se em dado momento ele estava com sede de poder e após o nascimento de sua filha, ele já pensava em “compaixão”, como o “início de algo melhor”, podemos concluir que ela amoleceu seu coração. Não o suficiente para ele mudar as coisas, mas o suficiente para incomodar o grupo de senadores que o assassinou, cuja lider era Balisarius.
2ªs Explicações (Guia Netflix)
Apesar de saber que na versão do diretor a primeira cena que vimos de Noble é a segunda de fato, o que pode significar que parte dessa explicação estaria ancorada na versão definitiva, tive como base o que vimos na versão reduzida. De fato, talvez os cortes possam ter atrapalhado um pouco o entendimento desta passagem. Para confirmar o que expliquei, acima, temos o Guia Completo da Netflix, que nos traz informações adicionais ao contexto.
Mas o nascimento da sua filha, a princesa Issa, mudou radicalmente a forma como ele via o lugar do seu reino no universo. Esta mudança para um relacionamento mais pacífico com a galáxia o levou a um golpe assassino, dando fim à Linhagem Real. – Apresentação do Rei.
A radiante herdeira do trono do Mundo-Mãe foi profetizada para restaurar seu reino guerreiro e em ruínas. Mas a sua crescente influência sobre o seu pai, perturbou a classe dominante, e um grupo de senadores, que incluía Balisarius, derrubou e assassinou Issa e seu pai, pondo fim à Profecia que a rodeava e ao reinado da família real. – Apresentação da Princesa Issa.
Herói militar que se tornou político, Balisarius criou uma coalizão de senadores e outros interesses poderosos que se preocupavam com a crescente benevolência de seu rei. Quando o rei batizou um vasto Dreadnought Imperial como uma nave de paz, eles aproveitaram a oportunidade e o removeram do trono. – Apresentação de Balisarius.
Portanto, se a cena da nomeação do Dreadnought Imperial como “nave de paz”, tivesse aparecido na versão que recebemos, talvez outros espectadores teriam entendido a leve redenção do Rei, após anos de Guerra, por conta de Issa.
Por que Kai não imobiliza Gunnar e os demais revolucionários ali presentes?
Alegação
A alegação é que Gunnar ficou livre das caixas-robô, que causam “restrições exosqueléticas” quando ativadas, ou seja, maquinários em formato de escorpião, que imobilizam inimigos, como aqueles que atentam contra o Mundo-Mãe. O argumento, ainda, consiste em não ver sentido que Kai entregue a arma letal, que se acopla ao maquinário, nas mãos de Gunnar, se ele era o mais imprevisível.
1ªs Explicações (Motivação)
Embora essa seja uma observação frequente até mesmo entre os fãs, as explicações são mais fáceis do que se imagina. Kai acha que Gunnar é um mero covarde. Ele viu sua atuação desajeitada no Bar de Providence. O que ele não sabe, e vai parecer clichê, é que diferente do que Kora pensa, o amor não é uma fraqueza. Ao falar que sabe que Gunnar ama Kora, o camponês faz de seu amor e sua lealdade, força para lutar. Mas não se engane que esse amor e essa lealdade sejam só à Kora, refere-se também à Veldt, pois ele sabe que todos de sua aldeia, contam com o seu retorno e o de sua equipe.
Além disso, todo o discurso do Kai mostra que ele achava estar do lado certo. O que ele presenciou de seu planeta, foi todos serem torturados e virarem cinzas, até sua destruição total. A lição que tirou disso, era de tentar nunca ficar do lado oposto ao Império. Desta forma, é compreensível sua traição. No entanto, ele subestimou a vingança, bem como todas as outras virtudes, como honra, lealdade, justiça, coragem, benevolência, educação e sinceridade. E, ao subestimar, cometeu o seu maior erro.
2ªs Explicações (Valor)
Entretanto, apesar de seu erro, Gunnar não era um procurado pelo encouraçado. Então, não havia motivos, até aquele momento, para aprisioná-lo em um maquinário Escorpião-Robô. Ele sequer era uma ameaça, até Noble vê-lo e se surpreender. No entanto, embora surpreso, Noble também subestimou a equipe, ao que chamou de “motim frágil”. Nem Kai, nem Noble, sabiam do poder da vingança dos rebeldes.
Se jogar bem as suas cartas, talvez consiga sair dessa vivo. – Kai.
Enquanto Kai subestimava Gunnar, Gunnar superestimava Kora, e pelo que pôde ver, podia superestimar também os demais rebeldes que o acompanhavam. Isso, por si só, lhe dava forças para lutar e num ato de bravura, respondeu um chamado, salvando a todos como um ato de redenção ao que fez a Veldt. De certa forma, Gunnar ainda precisava provar o seu valor e viu, naquele fatídico momento, sua única chance.
Sendo assim, não parece ingenuidade achar que Gunnar era perigoso o suficiente para ficar algemado, enquanto Kai entregava todos os rebeldes? Ou loucura o Kai achar que Gunnar teria real coragem para matar Kora, mesmo sendo apaixonado por ela? Kai pode ter sido guiado pela sua ingenuidade, no entanto, esta tinha como base sua experiência. O que Gunnar fez foi um desvio de curva, algo que saiu totalmente dos padrões ao qual ele estava acostumado a ver. É bom lembrar, aqui, que ele era um oportunista, não um soldado de Noble. Não tinha treinamento militar para lidar com aquela situação e, com certeza, tanto Noble, quanto Kai, não esperavam uma reviravolta como aquela.
Por que Darrian Bloodaxe morreu?
Alegação
Apesar de essa ser uma das perguntas que até eu faço, a alegação é a de que ele foi o último a se juntar e o único a morrer, apesar do potencial do personagem. O argumento gira em torno de “não ter valido a pena” ou “não significar nada”.
Explicações
Embora eu concorde que Darrian Bloodaxe seja um dos personagens mais empolgantes e sentir inquietude com sua morte, discordo que ela não tenha significado nada. Não fosse pelo seu sacrifício, matando o comandante do Olhar do Rei, talvez a equipe de Kora não teria sobrevivido. Ademais, através de seu diálogo com Tarak, Milius aumentou sua sede de vingança. Agora, é uma questao de honra lutar pelo que Darrian acreditava.
Além disso, ao que tudo indica, Darrian pode estar vivo, afinal, se não há corpo, não há crime. – Vamos torcer! – Caso a suspeita se confirme, isso só corrobora com a percepção de que, quando se trata de Zack Snyder, poucos estão dispostos a não ter todas as explicações de imediato, exigindo-as conforme sua visão ‘filme’.
Por que Kora, em sua luta final com Noble, está sem sua arma?
Alegação
A alegação é que antes, ela estava com a arma na mão atirando em todo mundo, até o encouraçado Olhar do Rei cair na plataforma, e na sequência, ela lutar com o Noble sem a sua arma.
Explicações
Apesar de eu me perguntar se essa sanha em busca das inconsistências em cenas ocorrem apenas nos filmes de Zack Snyder, essa aqui me pegou. Porque toda a alegação parece perfeita, não fosse o fato de Kora também ter caído na mesma plataforma suspensa inferior, que Noble. Assim, se ela também caiu, nada impediria que sua arma também caísse. No mais, se assistirem a cena com calma, verão que quando Noble cai na plataforma, Kora se demora a cair, podendo ter tido tempo de guardá-la ou jogá-la em algum canto na plataforma superior ainda “intacta”, bem como fez com sua capa. Mas, a julgar pelo fato de aquela não era a sua arma, imagino que tenha só caído, mesmo.
Além de tudo isso, Noble já estava sem sua arma, tanto que na cena em que ele acena para o Olhar do Rei, o coldre está vazio. Sabemos que Kora foi trainada na mesma academia que Noble, e por este motivo ela sabe que a luta de Noble é o corpo-a-corpo. Soma-se a isso, a plataforma onde caíram ser minúscula. Fica pergunta se, de fato, fazia questão uma arma ali, naquele espaço minúsculo. Porque para mim, por óbvio, não.
Então, por que ela não está usando uma arma? Simples! Porque ela não precisa. Suas habilidades corpo-a-corpo são boas o suficiente para acabar com o Noble, com ou sem o seu cajado.
Conclusão
Apesar de alguns espectadores pesarem a mão nas supostas inconsistências em Rebel Moon, todas as informações que trouxemos aqui, são vistas na versão apresentada, como para +14 anos. Basta, contudo, assistir a obra com um pouco mais boa vontade e sem pré-conceitos estabelecidos, ou expectativas exacerbadas. Ademais, aos fãs que, por ventura, precisaram de algumas explicações, agradecemos a leitura.
Sinta-se a vontade para comentar e ler mais sobre o Final Explicado de Jimmy.
Portal Zack Snyder • BR: De fã para fã
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2 comentários
Muito bom, tbm acho que assistem com uma baita má vontade
Oi, tudo bem? Nesse caso, em especial, ou já quando se trata de uma obra do Zack, há sempre má vontade ou exigências. O artigo que vi, especificamente, era de um hater (fazendo a mesma coisa, desde 2016, com BvS), então trata-se de uma resposta, confesso. No entanto, tem muito fã que se perdeu na história, aqui, talvez por conta do formato da narrativa e do tempo, em tela, de enredo, mesmo… então, estes eu não culpo. Tentei juntar as peças do quebra-cabeça para facilitar a compreensão de todos, mas minha vontade era esfregar na cara dos haters, mesmo hahahaha Acho que consegui ser educadíssima, afinal.