Anura
Conhecemos Anura na segunda novelização, A Marcadora de Cicatrizes, escrita por V. Castro. Anura é o planeta natal dos Anurans. Vimos alguns deles trabalhando como Falcões – caçadores de recompensa que trabalham, principalmente, para o Mundo-Mãe -. O planeta é caracterizado por vastas selvas, pântanos e cavernas.
O nome “Anura” tem origem no grego e significa “sem cauda”. Além disso, utiliza-se o termo para designar a ordem dos Anura, a qual inclui anfíbios sem cauda, como sapos, rãs e pererecas”. Observando os falcões, é possível compreender a relação intrínseca entre eles e a ambientação escolhida. Os falcões têm habilidades impressionantes, simbolizam a agilidade, a vigilância e a destreza. Já os anfíbios, possuem características de transformação e adaptação, portanto simbolizam a flexibilidade e a capacidade de prosperar em ambientes variados. Sendo eles caçadores de recompensas para o Mundo-Mãe, podemos concluir que se adaptaram de forma impressionante à nova realidade. Assim, evitam a própria destruição, se flexibilizando como vigilantes, quando necessário.
Byeol
Byeol, de origem coreana, significa “estrela”. Esse nome foi dado ao planeta natal de Nêmesis, que foi destruído pelo Mundo-Mãe.
O nome do planeta, “Estrela”, pode refletir uma conexão simbólica com a espadachim. Estrelas frequentemente representam luz, orientação e inspiração, características que podem estar alinhadas com a missão ou a jornada de Nêmesis. O nome simboliza a busca de iluminação ou a realização de um destino importante para a personagem. Para quem assistiu Rebel Moon – parte 2: Corte do Diretor, se familiarizou com a saga de Nêmesis e pôde perceber que sua jornada finda, quando alcança a sua iluminação. Ao defender as crianças de Veldt, ela finalmente percebeu que não teria sobrevivido, defendendo sua família. Seu destino estava traçado.
Castor e Pollux
Na mitologia grega, Castor e Pólux eram gêmeos conhecidos como os Dióscuros, filhos de Zeus e Leda. Embora fossem inseparáveis, possuíam naturezas distintas, refletidas também nas duas luas que carregam seus nomes. Casto é o destino dos turistas e ricos; na mitologia, ele era mortal e um cavaleiro. Pólux, por outro lado, é ligado a guerreiros, possuindo um Coliseu. Na mitologia, ele era imortal e conhecido como um grande lutador. Segundo a lenda, Zeus colocou os gêmeos entre as estrelas na constelação de Gemini.
Em contrapartida, para a astrologia, Pollux é a estrela mais brilhante da constelação de Gemini e a 17ª mais brilhante de todo o céu, junto com Castor, representados no contorno da constelação. Pólux é maior que o Sol, com cerca de 2x sua massa e quase nove vezes seu raio, que já consumiu todo o hidrogênio de seu núcleo e evoluiu, tornando-se uma estrela. Castor, no entanto, é a segunda estrela mais brilhante da constelação de Gemini e está a 52 anos-luz da Terra. É um sistema estelar composto de duas estrelas principais, Castor A e Castor B, e uma terceira estrela mais fraca, denominada Castor C. O mais curioso é que cada uma é um sistema binário de outras estrelas.
De qualquer forma, não é muito difícil perceber a sutileza na escolha de ‘Pollux’ como o nome do planeta que habitou General Titus. Após o assassinato do rei, em Sarawu, ao ser ordenado a atirar contra seu parlamento rebelde, Titus teve uma crise de consciência e desobedeceu ao Mundo-Mãe, resultando na morte de seus homens e em seu próprio exílio em Pollux. Este, por sua vez, é um planeta que ambienta um coliseu e diversos guerreiros exilados, rebeldes e ‘sem caráter’.
Dobro
Outro planeta que conhecemos por meio da novelização. Noble passou oito meses em Dobro, convivendo com os Vori, com o objetivo de coletar recursos para o Mundo-Mãe. Em português, “dobro” refere-se a uma quantidade ou medida que equivale ao dobro de outra. Já nas línguas eslavas, a palavra significa “bom”. Assim, não só podemos ligar ao fato de a coleta de recursos ser sempre recorrente para Noble, como pela sua própria ganância. Neste sentido, seria possível considerar a sanha de Noble, não pelos recursos, propriamente, mas pelo poder, uma vez que ele acredita que isso servirá para que Balisarius o enxergue como um ‘bom nome’ para o Senado. Assim, ele nos apresenta dupla motivação que explica sua maldade e personalidade.
Krypt
Krypt é o local onde os Krypteia recebem seu treinamento. Eles são soldados de elite a serviço do Mundo-Mãe. A palavra “Krypteia” tem origem no grego antigo, significando “oculto” ou “secreto”. Era o teste final que um jovem guerreiro espartano precisava superar. Para finalizar, não é nada surpreendente um Easter Egg de seu filme Man Of Steel, que remete ao planeta natal do Superman, Krypton.
Entretanto, os Krypteia são os seres que podem manipular as espadas azuis, diferindo com as de Nêmesis, vermelhas. Eles foram treinados em Krypt. Cada Krypteian teria que ser capaz de manipular a Manopla Krypteian para se juntar à Guarda Krypteian, o que os levam a uma vida de sangue e cinzas a serviço da coroa. Antes dos Jimmys, os Krypteia eram os principais guarda-costas da família real. Depois que foram substituídos, os Krypteia foram usados mais como mercenários para fazer trabalhos que a moral dos Jimmys os impedia de fazer. Embora a Guarda continuasse existindo, ela se tornou algo menor do que era antes.
Talvez por serem capazes de empunhar as espadas de aço oráculo e armas de escória (rifles de batalha), se equiparam aos guerreiros mais subestimados dos Universos de Ficção, e por isso a referência no nome.
Mara
É o planeta gigante vermelho no qual Veldt orbita. O nome “Mara” carrega diversos significados em diferentes culturas. Por exemplo, no Budismo, Mara é a entidade que representa o oposto de Buda, tentando afastar os seres do caminho da iluminação. Por outro lado, em sânscrito, significa “demônio”. Na Escandinávia é a criatura responsável pelos pesadelos. Em hebraico, a “amargura”. No livro de Rute, da Bíblia, Noemi muda seu nome para Mara em sinal de sua tristeza.
No entanto, na mitologia eslava, Mara é a deusa associada ao inverno e à morte. Ela pode se manifestar como uma bela jovem adornada com presas e garras de lobo. Embora muitos a temam, Mara exibe características humanas, como o desejo de vingança e o sofrimento por um coração partido. Ainda que represente a morte e o rigor do inverno, ela também simboliza a promessa de renovação e vida. Se pensarmos um pouco, bem parecido com as motivações de Kora, não acham?
Sharaan
Governada pelo rei benevolente, Levítica, que ofereceu abrigo aos Bloodaxe e fornecendo-lhes suprimentos e reparos, o nome Sharaan tem origem árabe e significa “abrigo”, “famoso” e “semelhante à lua”. Além disso, Sharaan também é o nome de uma reserva de vida selvagem localizada na Arábia Saudita, conhecida como Sharaan Nature Reserve.
Shasu
Vanna
Ainda não conhecemos Vanna — o que só deve acontecer no terceiro filme —, mas Snyder já o mencionou em uma entrevista à revista Empire.
“O título era conceitual, mas há um planeta chamado Vanna, e Vanna é a lua rebelde.”
Veii
Foi uma importante cidade etrusca antiga, localizada nos limites do Sul da Etrúria. Durante seu auge, era a cidade mais rica da Liga Etrusca. Por mais de 300 anos, esteve alternadamente em guerra e aliança com o Reino Romano e, posteriormente, com a República. Veii foi finalmente capturada pelo exército romano, sob o comando do general Camilo, na Batalha de Veii, após o que passou a ser ocupada pelos romanos.
Em Rebel Moon, Veii é o planeta que Balisarius conquistou quando Kora tinha 13 anos. Ela testemunhou Balisarius assassinar a família real.
Veldt
O lugar que nossos Rebeldes se uniram para proteger é conhecido como Veldt, uma palavra de origem africâner (língua falada na África do Sul). Ela deriva do termo holandês “veld“, que significa “campo” ou “pradaria“. Portanto, o termo é usado para descrever vastas áreas abertas e sem árvores na região da África Austral. Em absoluto, nada mais impressionante, considerando a extensão de Veldt e sua inegável fartura.
Xanadu
O local é a conexão entre os universos de Rebel Moon e Army of the Dead.
Xanadu é uma região localizada na superfície de Titã, a maior lua de Saturno. A sonda Cassini identificou ela através de observações, revelando essa área como uma das mais brilhantes em Titã. Imagens capturadas pela Cassini mostram dunas de material escuro, colinas, uma rede de rios que fluem para áreas escuras, semelhantes a lagos, e vales. Além disso, Xanadu apresenta características geológicas que lembram as encontradas na Terra.
O nome Xanadu também associa-se à capital de verão do Império Mongol de Kublai Khan, descrita por Marco Polo. O termo ganhou ainda mais notoriedade através do poema Kubla Khan, de Samuel Taylor Coleridge. Ainda há uma outra interpretação para Xanadu, que refere-se a um Musical dos anos 80, de Robert Greenwald. Nele, Kira, deusa grega da dança, vem à Terra ajudar o artista Sonny Malone a realizar seu grande sonho de abrir uma inovadora casa noturna. O experiente dançarino Danny McGuire também contribui na empreitada, mas tudo se complica quando Kira acaba se apaixonando por Sonny, contrariando as ordens de Zeus.
Em Rebel Moon – parte 2: Cortes do Diretor, novos personagens aparecem e um deles é uma Xanadita. A criatura que conversa com o Bartender no Bar (Bordel) de Providence e demonstra certo asco pela clientela, é uma ‘garota de programa’ que é paga entreter os clientes do local. Curioso, não acham?
Conclusão
Zack Snyder não só é um diretor de filmagem excepcional, como também é um excelente roteirista. Desta forma, vemos que tanto os significados, quanto as referências mantém uma linearidade de signos impressionantes em Rebel Moon. Ao pensar em todas os detalhes e nuances, mina quaisquer críticas sobre falta de profundidade, ou de criatividade em suas obras. Ao buscar nomear sua ambientação e correlacioná-la aos personagens, Snyder demonstra, sobretudo, uma inteligência absurda, transformando suas produções em arte e suas direções em tendência.
Por fim, se você discorda dessas afirmações, considere mergulhar em seus universos, buscando detalhes que, a olho nu, só quem ama arte teria facilidade de perceber.
Portal Zack Snyder • BR: De fã para fã
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1 comentário
Aposto que Sharaan é o planeta favorito do Turki Alalshikh, kkkk