OFF | Crítica sobre “Babilônia”: O tiro saiu pela culatra?

É, meus amigos, nem toda produção de três horas consegue se manter constante, afinal, nem todos são Zack Snyder… 😀 Mas, será que o indicado a 5 Globo de Ouro, Babilônia, e suas três horas, valem a pena?

• Trailer:

• Sinopse: Em “Babilônia”, no final da década de 1920, Hollywood passa por um período de grande mudança, com a transição do cinema mudo para os filmes falados. Uma grande estrela da indústria, cheia de sucessos de bilheteria, Nellie LaRoy, ascende em sua carreira, migrando com sucesso de um modelo cinematográfico para o outro. Porém, nem todas os atores têm a mesma sorte, trazendo, a inovação tecnológica, dificuldade para alguns.

Minhas impressões

Primeiramente,aposto que quase todos foram atraídos para ele pelo elenco: Margot Robbie, Brad Pitt e Tobey Maguire. Todos entregam muito em seus personagens e deram o seu máximo. Margot Robbie, principalmente, tem uma das melhores atuações de sua carreira, nesse filme. O elenco todo atua de forma esplêndida. Porém, se você é um dos que quer assistir Babilônia para ver Tobey Maguire, pode tirar o cavalinho da chuva. Nas três horas de filme, ele tem pouco tempo em tela. Talvez, muitos se decepcionem, já que ele está no pôster e, com isso, espera-se mais. Encare sua participação um presente, uma vez que ele é um dos produtores do longa.

Em geral, o charme do longa e o ponto mais forte, de longe, é o time de atores. Também vale o destaque de protagonista para o ator Diego Calva, que mesmo sem tanto histórico, como os outro atores, dá um show de interpretação.

Babilônia que é um filme peculiar, de drama e comédia, acaba se transformando em um besteirol, algumas vezes. Vale ressaltar que o filme têm dificuldade de manter o tom e apesar do humor ser muito bem construído, o longa não se mantém linear. Além disso, vamos falar de roteiro. Entretanto, não tenham dúvidas de que o humor do filme é muito bom e muito inteligente. Os atores ajudam demasiadamente na aproximação com o público, o que gera muitas cenas divertidas e muitas risadas.

Porém, ao longo de Babilônia, as tramas se desconectam e algumas, simplesmente, desaparecem ou perdem o sentido. A impressão é que o filme desembala, conecta todos os personagens no início, mas depois disso, o roteiro desanda. Não sei como explicar, mas a impressão é que se trata de um conjunto de cenas muito boas, perdidas dentro de um resultado confuso. Por este motivo, Babilônia não consegue se manter dentro das suas três horas. Não só se engolfa no dinamismo, como dá a entender que tem mais cenas do que deveria. No entanto, é preciso constar que há momentos muito bons e marcantes, seja de comédia ou de drama.

Conclusão

Por último, mas não menos importante, Babilônia está muito bem filmado, tem planos de sequência surpreendentes e uma fotografia deveras bonita. A trilha sonora, junto à edição, ajudam bastante a suavizar as três horas de filme, mesmo que isso tenha um limite. Visualmente, é deveras bem feito.

Em resumo, Babilônia é um filme que fica salvo pelos atores. O longa se perde no intuito de ganhar um Oscar com o seu time de atores. De certa forma, deixa a desejar, porque se focaram tanto no elenco que acabaram esquecendo que um filme, para ser bom, precisa de um bom roteiro. Como dito, a comédia e a atuação dão bons resultados, mas não o suficiente para valer suas horas de duração. É um filme que se vende bastante no visual e com muitos excessos, e particularmente, inclusive o tempo.

Babilônia estreia, exclusivamente, nos cinemas em 19 de janeiro de 2023.

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