Remake do filme espanhol de mesmo nome, Campeões acerta ao apostar no carisma de Woody Harrelson para liderar um raro elenco de coadjuvantes. E, no fim, entrega uma dramédia esportiva divertida, apesar do roteiro previsível e cheio de conveniências.
- Trailer:
- Sinopse: Woody Harrelson protagoniza a hilária e comovente história de um ex-técnico de basquete da liga secundária que, após uma série de erros, é ordenado pelo tribunal a gerenciar um time de jogadores com deficiência intelectual. Ele logo percebe que, apesar de suas dúvidas, juntos, esse time pode ir mais longe do que jamais imaginou.
O Enredo
Marcus é um técnico de basquete que se sente, não apenas, estagnado em relação a sua posição de auxiliar, mas até certo ponto injustiçado, devido ao conhecimento tático que possui do esporte não estar sendo apreciado. Após entrar em confronto com o treinador principal durante um jogo, ele é preso por dirigir bêbado e, consequentemente, condenado a prestar 90 dias de serviço comunitário e treinar uma equipe local de deficientes intelectuais.
Já no começo de Campeões, fica claro que o ponto fraco de Marcus é não envolver-se com a vida pessoal de seus jogadores. Algo que previsivelmente muda ao longo do filme, a partir da sua convivência com o novo time. Cada jogador possui uma personalidade única e superficialmente bem explorada. Digo isso, pois todos ali orbitam ao redor de Marcus, visando o desenvolvimento de seu personagem. Além disso, é do ponto de vista dele que assistimos a superação diária que seus novos comandados devem enfrentar.
Minhas impressões
Ainda assim, o filme entrega uma bela lição. A mais marcante, sem dúvidas, é a de como subestimam as pessoas que possuem algum tipo de deficiência intelectual. Sendo assim, é fato que todas são mais do que capazes em terem uma vida social ativa, desde que tenham o suporte necessário para tal, seja do governo ou de suas famílias, e Campeões explora muito bem isso.
O esporte, como sempre, se mostra um grande aliado da inclusão. E, desta vez, também o cinema. Isso porque foi acertadíssima a decisão de escalar atores com deficiências para o filme, algo que mesmo não sendo inédito, é digno de aplausos. Obviamente, estamos falando sobre uma peça de ficção encenada em um país de primeiro mundo, o que sem sombra de dúvidas passa longe da realidade que muitos enfrentam em nosso país, por exemplo.
Conclusão
Voltando ao Campeões, entretanto, este se perde um pouco ao não apresentar uma definição muito clara do que quer atingir no terceiro ato. No entanto, não é nada que tire o mérito final em apresentar uma história cativante e bem humorada. Sabiamente explorada, tanto pela direção de fotografia quanto pela trilha sonora, as cenas que dialogam com a prática do basquete em si, ajudam a prender a audiência. E, por consequência, faz com que torçamos assiduamente pela equipe em sua jornada de superação. Algo de praxe em filmes esportivos que, em Campeões, foi convincente a forma de excecução.
Para finalizar, o longa sagra-se vencedor ao entregar uma bela mensagem de inclusão junto a algumas boas risadas.
Campeões estreia nos cinemas brasileiros, no dia 25 de Maio de 2023.
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1 comentário
Confesso que fiquei com vontade de assistir. Primeiro, porque amo filmes de superação. Segundo, que amo ver ações, de fato, inclusivas… Esse negócio de inclusão só na teoria me incomoda um tanto…. Ainda que seja uma ficção, é bom ver que ações podem e devem ser feitas, com recursos humanos, materiais e estruturais suficientes. Isso deixa o coração quentinho! ❤️ Espero que inspire nossas escolas e nossa sociedade.