Sabe os filmes baseados em fatos reais? Normalmente são casos que ocorreram no passado e são adaptações, para o cinema, anos depois. Pois bem… Fale Comigo poderia facilmente ser uma obra baseada em fatos reais da nossa geração e lançada no futuro. Isso, graças ao retrato impecável da característica expositiva da juventude nas redes sociais. Contudo, é claro, respeita o gênero e fuge do clichê.
- Trailer:
- Sinopse: Um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual.
Enredo
Em um clima de Projeto X, clássico da comédia adolescente, conhecemos todo o corpo do elenco e a motivação para a introdução do sobrenatural em meio ao álcool e drogas. Dessa forma, o contato com os espíritos, através da Mão, é tido como um jogo entre amigos ~ e é simplesmente fantástico, pois seria algo muito fácil dos jovens da atualidade realizarem. ~ O que alimenta essa vontade e os faz ignorar o medo, e as óbvias consequências negativas, é simplesmente a sensação de ser possuído, pois como explicado no filme, é como estar muito chapado. Assim, em razão disso, surge o vício.
A trama é movida por questionamentos e respondemos alguns, juntos com os personagens, de modo imersivo. Desse modo, vivemos a experiência do filme como envolvidos e não, apenas, espectadores, atônitos pela tensão constante que a atmosfera da obra transmite.
O arco de Mia, personagem principal, muito bem interpretada pela atriz Sophie Wilde, traz o peso da dramaticidade, relacionando a dor do luto e a depressão à mitologia da possessão.
Minhas Impressões
Por ser uma obra sob os braços da A24, minha expectativa era por um filme diferente, e de fato foi o que eu vi. Inclusive, fiquei surpreso com a qualidade visual, tendo em vista ser a primeira experiência dos diretores Danny e Michael Philippou com o cinema, já que trabalhavam apenas com projetos vinculados ao YouTube, desde a maquiagem, absurdamente agoniante, assustadora, à fotografia, com jogos de câmera que elevam as cenas de violência e angústia.
A atuação é outro ponto forte do longa, principalmente por parte do ator Joe Bird, que interpreta o jovem Riley ~coitado do menino…~, entregando um personagem complexo e transmitindo a sensação de realidade e estresse que a produção se submete.
Conclusão
Diferente dos clichês, Fale Comigo não se escora em jumpscare para ser um bom terror Entretanto, não deixa de ser assustador e muito menos gore. Inclusive por se relacionar com o subgênero teen, usa do teor sexual para expor cenas assustadoramente repulsivas.
O enredo o coloca neste patamar, o vejo como o filme de possibilidades, ou seja, funciona de modo isolado, bem fechado, conciso, mas também se permite em expansão de universo, seja com continuações ou prequels.
Caso o cuidado presente nesse filme se mantenha presente futuramente, podemos ter visto o início de uma nova grande franquia do gênero.
~Ps¹.: A única questão que sinalizo como ponto negativo, foi algumas sequências que se passam dentro do hospital da cidade. Inevitavelmente, senti o abandono da realidade, através de algumas conveniências de roteiro. Por exemplo o livre acesso a salas de internação por meio do elenco.
~Ps².: A cena final é genial!
Fale Comigo estreia nos cinemas, dia 17 de agosto de 2023.
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