Lobisomem é uma expressão de origem grega, assim como a lenda. Apesar de ter surgido na mitologia grega, a história dos licantropos se espalhou e ganhou popularidade na Idade Média, na Europa. Mesmo com mudanças ao longo do tempo, algo permaneceu: eles se transformam em lobos durante noites de lua cheia, retornando à forma humana ao fim dessas noites. No entanto, o filme “Lobisomem” (2025), dirigido por Leigh Whannell (“O Homem Invisível”), tenta inovar.
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- Sinopse: A produção, estrelada por Christopher Abbott, a vencedora do Emmy Julia Garner, Matilda Firth e Sam Jaeger, apresenta a história de Blake, marido e pai residente de San Francisco, que herda sua casa de infância na remota zona rural do Oregon, após seu pai desaparecer e ser dado como morto. Ciente do atual desgaste de seu casamento com a enérgica Charlotte, Blake convence a esposa a dar um tempo da cidade, fazer uma viagem relaxante e aproveitar para visitar a propriedade com a pequena filha do casal, Ginger. Mas quando a família se aproxima da casa da fazenda ao cair da noite, eles são atacados por um animal invisível e, em uma fuga desesperada, acabam se trancando dentro da casa, numa espécie de barricada de proteção, já que a criatura continua lá fora, rondando a área.
Minhas Impressões
Como dito anteriormente, o diretor tenta fazer algumas alterações e acaba se perdendo. Por exemplo, em nenhum momento as fases da lua interferem na mutação de um humano para um lobo. Além disso, essa mudança de humano para uma criatura assustadora não é apenas temporária, ou seja, ela não duraria apenas algumas horas durante um terminado período. No longa, o diretor dá a entender que essa mudança perduraria até o fim de sua vida.
Ademais, além dessas mudanças, o roteiro é muito fraco. O foco em mostrar o amor dos pais pelos filhos é desnecessário e, portanto, não agrega ao enredo. Paralelamente, a atuação dos atores é, no mínimo, decepcionante. Para piorar a situação, o filme não consegue criar um incômodo constante no espectador. Ele tenta gerar terror em alguns momentos, mas rapidamente abandona o clima, repetindo isso ao longo da trama. Por fim, a parte técnica é precária. Em determinadas cenas é possível enxergar erros claríssimos de continuidade.
Todavia, nem tudo desse filme foi terrível, a ponto de sentir vontade de sair da sala do cinema. A maquiagem é muito bem feita e convence durante a transformação do protagonista. Todavia, infelizmente, isso não foi suficiente para tornar o filme mediano.
Conclusão
Se você é purista, como quem escreve este texto, e detesta alterações inúteis em histórias clássicas em livros, textos ou lendas, sairá do cinema irritado. Porém, se você não se importa e acredita que tudo pode ser adaptado conforme os novos tempos e novas realidades, talvez você não seja tão crítico a respeito da obra. Todavia, acredito que, no fim, talvez você concorde com algo desse texto.
Portanto, é imprescindível saber qual tipo de espectador você é, se conhecer primeiro antes de assisti-lo. Se a resposta for negativa, então sugiro esperar para assistir em casa, quando o filme estiver disponível em streaming. Caso contrário, se não se importa com nada e gosta de adaptações bruscas, arrisque a sorte e vá ao cinema. Talvez, depois quem sabe, você queira discordar desta humilde opinião.
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