O Brutalista: Um drama imersivo que encanta na técnica, mas desafia na utilização de IA!
O Brutalista chama a atenção por suas várias indicações, para ser mais exata, 10 nomeações ao Oscar, incluindo as principais: melhor ator para Adrien Brody, melhor diretor para Brady Corbet e melhor filme. Antes de dar minha opinião, devo destacar que o filme realmente é longo, com pouco mais de 3h30min de duração. Conforme planejado pelo diretor, há um intervalo após 1h40min, uma ideia genial e essencial para seu andamento.- Trailer:
- Sinopse: Em fuga da Europa do pós-guerra, o arquiteto visionário László Toth chega à América para reconstruir sua vida, seu trabalho e o casamento com sua esposa Erzsébet, depois da separação forçada durante a guerra por mudanças de fronteiras e regimes. Sozinho em um novo país estranho, László se estabelece na Pensilvânia, onde o rico e proeminente industrial Harrison Lee Van Buren reconhece seu talento para a construção. Mas poder e legado têm um custo muito alto.
Minhas Impressões
Embora Adrien Brody sempre se destaque, desta vez o prêmio pode escapar de suas mãos. Como precisou falar húngaro e não sabia, a produção utilizou IA para as cenas nesse idioma. Isso levanta dúvidas sobre sua candidatura ao maior prêmio do cinema. Lembrando, é claro, que há discussões mundiais sobre o uso da técnica na questão da dublagem em momentos certos. Será que esta jogada arriscada será bem vista? Apesar disso, sua indicação é válida, apesar de suas chances serem escassas em comparação com os concorrentes.
Além de Brody, Guy Pearce também foi indicado, concorrendo a melhor ator coadjuvante. Desta vez, ele interpreta Van Buren, um milionário excêntrico que, sinceramente, rouba a cena. Com isso, suas atitudes geram risos e raiva ao longo do filme. Não é à toa que ele é um dos favoritos ao prêmio.
Ademais, a fotografia de O Brutalista é belíssima. Embora algumas cenas sejam escuras, no geral, o visual se destaca, tornando-se um forte candidato ao Oscar nessa categoria. A edição também merece destaque. O filme é dividido em dois capítulos e um epílogo. Como mencionado, o intervalo é necessário para a construção da obra e deixa claro o rumo que o diretor quis seguir.
No entanto, há alguns problemas. O epílogo é muito curto e apressado, dando a sensação de que, mesmo com 3h30min, o filme precisava de mais tempo para evitar pontas soltas. Deste modo, parece que o diretor quis encerrar rapidamente, já que a obra já era extensa.
Conclusão
Na parte técnica, O Brutalista é espetacular e prende o espectador até o final, mesmo com a polêmica pausa programada. O filme, apesar de longo, narra a saga de um homem sem vender a ideia do sonho americano, mas também sem transformá-lo em um pesadelo. Ele nos apresenta uma visão realista sobre viver nos Estados Unidos como estrangeiro. Em alguns momentos, a experiência não é tão ruim; em outros, a realidade americana ainda parece melhor do que voltar para uma Europa destruída pela guerra, mesmo sem ser o ideal.
Por fim, se você tem tempo e interesse em acompanhar a jornada do grande arquiteto húngaro, vale a ida ao cinema. Também é uma ótima opção para quem ama o Oscar e quer analisar o indicado para escolher seu favorito.
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