OFF | Crítica sobre “Os Rejeitados”: Comédia e drama na medida certa

Os Rejeitados, da Universal Pictures, desperta aquela nostalgia rara que só filmes dos anos 80, sobre laços afetivos, possuem.

• Trailer:

• Sinopse: Em Os Rejeitados, Paul Hunham (Paul Giamatti) é um professor altamente desgostado pelo corpo estudantil da Barton Academy, o internato em que trabalha. Enquanto alunos e professores voltam para as suas casas nas festas de fim de ano, o Sr.Hunham é designado a ficar responsável pelos estudantes que precisam ficar no colégio no feriado. Durante a tarefa, ele precisa lidar com Angus (Dominic Sessa), um adolescente rebelde que está de luto pela morte do pai.

Minhas Impressões

O primeiro ponto notável, aqui, é a forma e o cuidado que “Os Rejeitados” tem para se parecer com um filme dos anos 80/90. O longa faz isso através da montagem, edição, trilha, até mesmo fotografia. Tudo remete aos filmes dessa época e até mesmo um formato 4:3. ~ Qual é o nome do cara que trouxe isso de volta em 2021 mesmo? Zack Snyder é tendência. ~ Enfim, esteticamente falando, a fotografia se faz linda e nostálgica.

Além disso, a apresentação dos personagens se faz de forma eficaz e direta, tal como a aproximação natural dos personagens principais: Angus (Dominic Sessa), Mary (Da’vine Joy Randolph) e Hunam (Paul Giamatti). Por falar nisso, a relação dos três é muito natural e humana, especialmente a de Paul e Agnus, ambos se conectam pela quebra de preconceitos. Surpreendentemente (ou não), a atuação de Paul Giamatti é a que mais brilha no filme, seu personagem evolui gradativamente de ranzinza a carismático.

A propósito, a história de “Os Rejeitados” é simples e divertida. O humor, é muito inteligente e em boa hora. O drama, aquece nossos corações. Realmente, a sensação foi a mesma de assistir a um filme antigo do Robin Williams. Aliás, o título “Os Rejeitados” é justificado no filme. Por fim, o núcleo é constituído por pessoas quebradas que, por consequência, se reúnem e juntam os cacos uns dos outros para serem felizes.

Conclusão

Talvez, muito do carisma do filme se faz graças ao ambiente Norte-Americano dos anos 70, em temporada de neve, no qual a história se passa. Ao mesmo tempo que isso remete ao natal, também traz um pouco de solidão e temas como a depressão, que ligam os personagens e estão presentes aqui.

Talvez o final não seja como todos esperam. Pode ser que surja um sentimento de que “Os Rejeitados” poderia ter acabado antes do fim. Em resumo, o filme é especial, é diferente. Ele tem algo que os filmes atuais não têm mais, algo que se perdeu depois dos anos 2000. É nostálgico, divertido, bem escrito e emocionante. A mensagem sobre união, compreensão e esperança é o coração do filme, como se ele falasse em ‘bom tom’: “Ei, você não está quebrado e não está sozinho”.

Apenas, assistam e aproveitem um pouquinho da emoção que este filme nos traz.

“Os Rejeitados” estreia nos cinemas do Brasil, dia 11 de janeiro de 2024.

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