OFF | Crítica sobre “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”

Quarteto Fantástico ganha nova chance no MCU e, ao que tudo indica, Kevin Feige quer provar que a Marvel ainda consegue surpreender.

“Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” marca a entrada oficial da equipe no Universo Cinematográfico da Marvel — e promete, desde o título, uma nova abordagem. Produzido pela própria Marvel Studios, o longa traz a expectativa de, desta vez, acertar o tom. Ainda assim, será que ele entrega o que os fãs tanto esperam ou repete apenas o que já vimos antes?

Muito antes dos multiversos e das piadas autoconscientes, havia algo mítico no Surfista Prateado. Quarteto Fantástico: Primeiros Passos tenta atualizar a mística dos heróis mais clássicos da Marvel. Mas vale lembrar: a prancha não faz parte do corpo.

• Trailer:

• Sinopse: Um grupo de astronautas passa por uma tempestade cósmica durante seu voo experimental. Ao retornar à Terra, os tripulantes descobrem que possuem novas e bizarras habilidades. Reed Richards pode esticar seu corpo. Sua noiva, Susan Storm, ganha a habilidade de se tornar invisível. Seu irmão mais novo, Johnny Storm, adquiriu o poder de controlar o fogo e voar. Já o piloto Ben Grimm sofre uma transformação e vira um monstro rochoso. Ao tentar compreender seus poderes, eles têm que lidar com novas ameaças.

Minhas Impressões

Para a surpresa de muitos, desta vez, o Quarteto voltou — e surpreendeu. Com um elenco carismático, Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach assumem os papéis centrais com propriedade.

Pedro Pascal entrega uma interpretação cativante de Reed Richards, o maior (ou um dos maiores) nerds do mundo geek, em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Seu lado científico é bem explorado, especialmente nas cenas em que tenta proteger o mundo apenas com matemática e lógica — um verdadeiro tributo ao personagem dos quadrinhos.

Já o Coisa não recebe tanto destaque quanto nos filmes anteriores, o que pode desagradar parte do público, principalmente os mais leigos. O Tocha Humana, por sua vez, tem menos tempo em tela, mas participa de momentos decisivos. Ainda assim, quem realmente brilha é Vanessa Kirby, que dá vida a uma Sue Storm poderosa, sensível e, ao mesmo tempo, a alma emocional do grupo.

O longa traz uma abordagem ousada ao colocar a maternidade no centro da trama. Logo no início, acompanhamos Sue realizando um de seus maiores sonhos: o de ser mãe. Não se trata de um spoiler — a gravidez tem papel essencial no enredo e funciona como metáfora para o tema principal do filme: o poder transformador da família.

Por isso, o diretor explora a força protetora da figura materna, mostrando como uma mulher consegue mover mundos para proteger aqueles que ama — mesmo que isso soe egoísta para quem vê de fora. Algumas cenas com o filho são emocionantes, embora, em certos momentos, escorreguem para o tom brega.

Além disso, outro destaque é a introdução de uma Surfista Prateada feminina, uma antagonista que adiciona profundidade ao conflito. A escolha faz sentido dentro da lógica da narrativa e reforça a proposta central do filme: o amor e a proteção da família, sob uma nova perspectiva.

Conclusão

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos acerta onde os anteriores falharam. Depois de tantas tentativas frustradas, os fãs podem respirar aliviados. Uma boa analogia seria com o futebol: depois de várias finais perdidas de forma humilhante, o seu time finalmente vence — e convence.

O longa não apenas apresenta o Quarteto com dignidade, como também emociona, surpreende e entrega o que o público esperava há anos. Ah, e não saia da sala de cinema antes da hora: o filme traz duas cenas pós-créditos, sendo a última dirigida pelos irmãos Russo, famosos pelos épicos da Marvel como Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato.

Em resumo, seja nos cinemas ou em casa, esse é um filme que merece ser assistido até o fim.
Este longa pode não ser perfeito — mas, definitivamente, representa o passo certo.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos estreia dia 24 de julho de 2025.

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