Adoro assistir a filmes sem saber quase nada sobre eles. Foi assim que cheguei à cabine de imprensa de Setembro 5, e essa experiência foi surpreendente. Descobri um filme muito bem dirigido, com um suspense que é construído de forma quase documental.
- Sinopse: “Setembro 5” mostra o momento decisivo que mudou para sempre a cobertura da mídia e continua impactando as transmissões ao vivo até hoje. Ambientado durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972 em Munique, o filme acompanha uma equipe americana de transmissão esportiva que precisou se adaptar para a cobertura ao vivo dos atletas israelenses feitos reféns. A produção oferece uma nova perspectiva sobre esse evento histórico visto globalmente por um número estimado de um bilhão de pessoas na época.
- Trailer:
Minhas Impressões
A história de Setembro 5 se passa durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, na Alemanha. Mais especificamente, quando uma equipe americana de transmissão esportiva é, inesperadamente, desafiada a cobrir, ao vivo, uma crise de reféns envolvendo atletas israelenses, na Vila Olímpica. Esse evento, que marcou a primeira cobertura televisiva ao vivo de um atentado terrorista, serve de pano de fundo para uma trama intensa e profundamente imersiva.
Tim Fehlbaum, nascido em 1982 em Basileia, Suíça, dirige e escreve o roteiro, trazendo sua experiência de trabalhos como Hell (2011) e The Colony (2021). Em Setembro 5, ele constrói uma atmosfera sufocante ao retratar a primeira cobertura ao vivo de um atentado terrorista. A transmissão foi crucial para o avanço das telecomunicações globais. Fehlbaum, recebeu prêmios importantes, como o German Cinema New Talent Award, no Festival de Cinema de Muniquie por Heel e, mais recentemente, o Bavarian Film Award, na categoria de direção por The Colony. Em Setembro 5, ele mostra todo seu talento e cuidado com a narrativa nesse suspense imersivo.
O elenco é outro grande achado do filme. John Magaro (The Big Short – 2015) tem um dos seus melhores trabalhos nesse filme, assim como Peter Sarsgaard (O Planeta dos Macacos: A Origem – 2011). Há uma tensão muito bem desenhada que faz com que os pensamentos dos personagens se tornem nítidos para o espectador. Neste sentido, o espectador torce por eles e sente o quanto a história o contagia. Bem como mencionei anteriormente, muitas vezes parece que estamos vendo um documentário em tempo real, como se fôssemos testemunhas do momento em que a equipe da ABC está fazendo história no jornalismo.
Conclusão
Setembro 5 explora, desde os detalhes técnicos, como o peso dos equipamentos da época e toda a logística nas linhas de comunicação jornalística, até as questões morais de ‘o que deve ou não virar notícia’. Por exemplo: “será que uma morte ao vivo é necessária?” Assim, era o início da era da informação ao vivo. O jornalismo precisava aprender a estar, fisicamente, sempre à frente das notícias. Contudo, isso, muitas vezes, envolvia sacrifícios imensuráveis, incluindo o risco à vida.
Muito do que conhecemos como o atual jornalismo ao vivo, se deve a essas horas em que a equipe teve de descobrir meios de fazer tudo acontecer. Essa dualidade entre o compromisso e a informação e os desafios da tecnologia emergente é o grande mote de Setembro 5, sendo o principal motivo de o espectador ficar grudado à tela, até que tudo se resolva, mesmo que as coisas não saiam como o desejado.
Por fim, Setembro 5 é uma grande surpresa e abre o ano como um dos melhores lançamentos desse início de ano, merecendo que todos o confira nos cinemas.
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