Parece miragem, mas Shazam! Fúria dos Deuses finalmente chegou aos cinemas. Após inúmeros adiamentos por conta da pandemia e devido à fusão entre o estúdio Warner e Discovery, estamos recebendo os filmes da DC nas telonas. E, apesar disso, a empolgação dos fãs não é lá essas coisas, afinal, depois do anúncio de um novo projeto para o universo cinematográfico da DC, pouco sabe-se do futuro desses personagens, já vistos antes em tela.
Então, sobre todo e qualquer filme da DC a ser lançado até o final do ano, uma dica: Assista sem apego, ninguém sabe o que é ou não uma despedida. Mas uma coisa afirmo: a sequência é muito melhor que o primeiro filme.
- Trailer:
- Sinopse: Shazam! Fúria dos Deuses, da New Line Cinema, traz a continuação da história do adolescente Billy Batson que, ao invocar a palavra mágica “SHAZAM!”, transforma-se no seu alter ego adulto, o super-herói, Shazam.
Minhas Impressões
Shazam nunca foi um personagem que me chamou atenção. E talvez isso não seja algo tão particular. Definitivamente, ele não é um herói lá muito popular. E o estúdio parece não fazer questão de torná-lo apelativo. Prova disso, foi o baixo marketing que o longa recebeu (nada de novo vindo de um estúdio que parece jogar mais contra do que a favor de seus filmes).
Outro ponto que não favorece a popularidade da versão live action do herói, talvez tenha sido a escalação do ator Zachary Levi. Sua falta de carisma com o público, juntando com falas e defesas polêmicas que costuma fazer, acabam afastando alguns que tentam dar chance ao herói.
O incômodo maior é a diferença da interpretação entre Billy criança/adolescente, com o Billy adulto. Zachary Levi parece, definitivamente, uma criança de 12 anos num corpo adulto. Isso passa batido no primeiro filme, mas em Shazam! Fúria dos Deuses, Billy está prestes a completar 18 anos, logo fica difícil defender a interpretação caricata que o Shazam possui na maior parte das cenas.
Engana-se quem pensa que Shazam! Fúria dos Deuses é uma bomba! Aliás, ele é um ótimo filme, comparando com os últimos lançamentos do mesmo gênero de outros estúdios. É claro que se distancia dos filmes de herói com histórias mais densas que a DC costumava fazer, mas não significa que seja ruim. Porque, para a proposta que ele foi introduzido, Shazam! Fúria dos Deuses acerta a fórmula que o estúdio queria para equilibrar na competição, de igual para igual, com a Marvel.
Conclusão
Mesmo sem surpresas de enredo, a direção, fotografia e roteiro são robustos e impressiona. Não deixando nada a desejar, entrega uma ótima experiência no cinema. E justamente por entregar isso, que Shazam! Fúria dos Deuses não merecia uma divulgação tão despretensiosa do estúdio.
O longa presta homenagens ao legado dos filmes anteriores da DC. Em diversos momentos, podemos observar elementos vistos nos primeiros filmes do DCEU, tanto em cenas, quanto em ações e decisões. Não sei se foi a intenção do diretor David F. Sandberg fazer isso, mas por considerá-lo um cara muito gente boa, não duvide. (Ps: Não estou citando a participação de um personagem querido de propósito, mas quando toca a música, o coração até erra a batida!)
Shazam foi trazido pele antiga gestão da Warner para dar um novo rumo ao DCEU, e poderia ter dado certo se não fosse novamente modificado o caminho que seguirá. Seria divertido ver o herói ao lado da ~ pegue essa informação na primeira cena pós crédito. Sim, tem duas ~ e uma colab com Adão Negro. O gosto amargo do caminho que a DC poderia seguir fica impregnado. Afinal, ao menos, nesse universo dos deuses e campões de Shazam e Adão Negro, o rumo era agradável para o formato adotado.
Shazam! Fúria dos Deuses estreia nos cinemas, dia 16 de março de 2023.
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