Com um pôster e título auto-explicativo, Sobreviventes – Depois do Terremoto tem tudo para ser descrito como “mais um filme de catástrofe natural” estadunidense. Se você vai assistir o filme apenas por gostar da temática, se surpreenderá logo de cara, o filme é um K-Movie, em outras palavras, um longa metragem sul-coreano, lançado pela Paris Filmes. Então, você já sabe, como todo bom filme asiático, ele não será apenas um filme de catástrofe.
- Trailer:
- Sinopse: Depois de um grande terremoto, em Seul, há apenas um prédio em pé. Com o passar do tempo, pessoas de fora começam a entrar para se protegerem do frio extremo. Para lidar com o número crescente, os moradores decretam uma medida especial.
Minhas Impressões
O simples fato do filme iniciar mostrando a ascensão dos condomínios verticais de várias torres, na Coreia do Sul, me chamou atenção. Afinal, aquelas imagens frenéticas de compra, venda e aluguel dos apartamentos definitivamente não seria à toa. Assim como vimos a ascensão dos gigantes prediais, segundos depois vemos, em ação, parte do título do filme, um terremoto de grande magnitude que atingiu a cidade de Seul, derrubando diversos prédios, mantendo-se apenas um em pé.
Filmes com essa temática geralmente giram em torno de um grupo tentando sobreviver para sair daquele local e buscar ajuda. Mas em Sobreviventes – Depois do Terremoto você percebe, aos poucos, que a narrativa vira numa direção oposta daquilo que costumamos ver, caindo e fazendo ligação imediata com as imagens de abertura do filme. Somos jogados para uma reflexão para além da sobrevivência, humanidade, zelo material e posição de classe. A reflexão paira nos valores e caráter das pessoas. Os moradores do único prédio em pé, sabendo que o local não abrigará todos sobreviventes, decidem entre eles quem poderá habitar os apartamentos. E numa medida radical, porém democrática, uma nova espécie de sociedade nasce ao meio do caos de destruição, com regras, líderes, supervisão e punições que ultrapassam a linha tênue do “cuidado” com o “ditatorial”.
Conclusão
Apesar de certa resistência por parte do público, as produções sul-coreanas vem ganhando espaço nos cinemas, à medida que grandes estúdios estão distribuindo essas obras. Assim, mostram seu potencial em contar histórias repetidas, inserindo temáticas de valores e reflexões básicas das quais filmes do mesmo estilo não costumam abordar.
Sobreviventes – Depois do Terremoto tinha tudo para ser um filme de destruição de grande escala exagerada, mas optou por apresentar uma reflexão do melhor e do pior do ser humano, quando colocado em situação de extremo caos. De forma alguma, isso diminui a grandiosidade do longa, que ainda traz uma história de plano de fundo, que endossa as motivações dos personagens principais, humanizando suas decisões e defesas do seu lar. Sem contar, serve como uma “sutil” crítica à Coreia vizinha e seu sistema ditatorial.
Sobreviventes – Depois do Terremoto estreia nos cinemas brasileiros, no dia 18 de janeiro de 2024.
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