Entre acertos emocionais e tropeços galhofas, Superman tenta equilibrar humanidade e heroísmo, mas nem sempre acerta o tom.
Superman é o novo filme do diretor James Gunn, conhecido anteriormente pelos seus trabalhos à frente da rival Marvel Comics. Dessa vez, ele tenta se afastar da fama de diretor da “galhofa” e entrega uma visão mais “séria” e humanizada do principal herói da DC Studios. Mas será que deu certo? Vamos conversar sobre isso agora.
- Trailer:
- Sinopse: Superman é o primeiro longa-metragem da DC Studios a chegar às telonas, com sua estreia marcada para 10 julho nos cinemas de todo o mundo. O longa embarca em uma jornada para reconciliar sua herança kryptoniana com sua criação humana.
Minhas Impressões
Como disse, o diretor tenta tirar um pouco daquela imagem mística que muitos fãs criaram em torno do herói, tratando-o como um Deus intocável. Aqui, ele nos apresenta um Superman mais próximo, mais humano — alguém que ama, erra, acerta e sente. Nesse ponto, Gunn fez um bom trabalho. Algumas cenas mostram claramente o sofrimento de Clark por ser rejeitado pela sociedade, mas também o calor humano daqueles que realmente o aceitam.
Outra surpresa positiva foi a escolha do ator Nicholas Hoult como Lex Luthor. Mesmo ainda nos seus 30 e poucos anos — consideravelmente novo —, ele consegue nos fazer passar raiva com as armações do vilão, trazendo a essência do principal inimigo do Superman nos quadrinhos. Hoult entrega um Lex provocador e manipulador, como deveria ser. Entretanto, sobre o novo Superman… a escolha de David Corenswet é, no mínimo, polêmica. É impossível não compará-lo com os atores que já viveram o personagem antes dele. Como Clark Kent, o jornalista atrapalhado, ele está ótimo, mas quando precisa vestir a capa e ser sério, o impacto não é o mesmo. Fica devendo.
E quando falamos do humor…
Bem, fugir do humor bobinho e infantil não é exatamente o forte do Gunn. Ainda rolam umas piadinhas fora de hora que podem até arrancar risos de alguns, mas que destoam do perfil mais sério e altruísta do Superman que a gente conhece. Nem todo mundo curte esse tipo de brincadeira em um filme do herói mais icônico da DC.
Além disso, as cenas de ação e luta são, sinceramente, bem fracas e deixam a desejar. Teve hora que parecia que eu estava assistindo um episódio de Power Rangers, só que com um orçamento um pouco maior. Nem as participações especiais de outros personagens da DC conseguem salvar essas sequências. Para não ser injusta, tem uma coisa que realmente brilha: o Krypto. Sim, o cãozinho do Superman rouba a cena e protagoniza os momentos mais fofos e divertidos do filme. É uma presença ilustre e a interação entre eles é puro amor de pai de pet.
Agora, um ponto negativo, ou mais um, e que não dá para ignorar é o excesso de ficção científica e os termos tecnológicos complicados. Se você não leu as HQs que inspiraram o filme ou não conhece esse lado mais técnico da mitologia kryptoniana, é capaz de ficar perdido em vários momentos. Se entendeu tudo, parabéns, você é diferenciado e está no lucro.
Conclusão
Para finalizar: vale a pena ver Superman no cinema? Olha, depende. Se você é fã do personagem e quer ver essa nova proposta, talvez o IMAX te empolgue. Mas se você está com um pé atrás com o diretor ou com o elenco, talvez seja melhor esperar para ver no streaming, no conforto da sua casa. Ou, quem sabe, mandar aquele amigo fã de HQ ir antes, e depois pedir o parecer sincero dele. Mas, a verdade é que esse longa divide opiniões até mesmo entre os maiores fãs do herói.
Ah, e só para não dizer que não avisei: o filme tem duas cenas extras. Então, se for ao cinema, não levanta da cadeira antes dos créditos acabarem, beleza? #ficaadica
Superman estreia dia 10 de julho nos cinemas.
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