Depois de cerca de dez anos em desenvolvimento, acumulando diversas polêmicas, incertezas, e muito drama, finalmente The Flash chega aos cinemas. E chega com a missão, não só de apresentar a primeira aventura do velocista escarlate nas telonas, mas também de moldar o futuro do universo DC. Mas, e aí? Será que depois de tanta expectativa, o longa corresponde a todo o hype criado?
- Trailer:
- Sinopse: The Flash é o filme solo do herói estrelado pelo ator Ezra Miller. Todo mundo já pensou em voltar no tempo para mudar alguma coisa que incomodou a vida, é por isso que Flash decide fazer o mesmo. Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu. Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis que já conheceu, incluindo versões do Batman que já são conhecidas (Michael Keaton e Ben Affleck), para evitar mais quebras entre universos e voltar ao normal. Baseado livremente na HQ “Flashpoint”.
Enredo (sem spoilers)
Mesmo equilibrando uma vida como perito forense e membro da Liga da Justiça, Barry Allen (Ezra Miller) não consegue esquecer do assassinato de sua mãe. E, principalmente, de tentar provar a inocência de seu pai no crime.
Após uma última tentativa de conseguir um álibi para Henry Allen (Ron Livingston) e falhar, Barry decide voltar no tempo para impedir a morte de Nora Allen (Maribel Verdú). Tudo isso, apesar dos conselhos contrários de Bruce Wayne (Ben Affleck).
O que ele não contava é que uma figura misteriosa estaria seguindo seus passos, lançando-o para dentro de um outro universo. Por “coincidência”, o mesmo onde o General Zod (Michael Shannon) retorna com o objetivo idêntico: Criar uma nova Krypton, conforme já visto em O Homem de Aço (2013).
Barry, então, conta com a ajuda de sua versão mais nova deste universo, de um “novo velho Batman” e um outro membro da família El, e deve tentar impedir a destruição desse mundo, antes que possa retornar para o seu.
Minhas Impressões
Além do início do filme, que mostra uma empolgante interação entre alguns membros da Liga da Justiça. (Deixando absolutamente claro para o fã do Snyderverso em mim, o tamanho do desperdício que é efetuar um reboot destes personagens já estabelecidos e tão queridos). O que mais me agradou é que este é de fato um filme do Flash. Onde todos os coadjuvantes estão inseridos na trama de forma pontual.
E devo dizer que, polêmicas à parte, é inegável que a atuação de Ezra Miller é o grande destaque do filme, principalmente ao interpretar duas versões do mesmo personagem. Ele demonstra todo o seu lastro de atuação, carregando o filme tanto no drama, quanto no humor. Ainda que este, até certo ponto, seja um pouco escrachado, não deixa de, em diversas ocasiões, se provar genuinamente hilário.
Além de Ezra, destaco também Ben Affleck e Michael Keaton. Ambos entregam performances sutis e memoráveis em suas respectivas versões do Cavaleiro das Trevas, apesar do pouco tempo de tela. Da mesma forma, a Supergirl, de Sasha Calle, também tem uma atuação sólida nos poucos minutos que aparece em cena.
Polêmicas: Afinal apagou o Snyderverse?
Além da vida pessoal de Ezra, outra polêmica bastante comentada, ultimamente, foi a qualidade do CGI apresentada nos trailers. E infelizmente, o CGI fatalmente deixa a desejar em muitas oportunidades, tirando um pouco a imersão de The Flash, e sendo um dos pontos negativos do longa.
Outro aspecto que me desagradou foi a trilha sonora. Ela é composta, em sua maioria, por faixas extremamente monótonas nos momentos de drama e de músicas genéricas e sem emoção nas cenas de ação.
Por outro lado, o roteiro é conciso e objetivo, com explicações simples e diretas sobre linhas de tempos e multiverso. Algo já tão esmiuçado nos últimos filmes do gênero, em The Flash recebe uma versão original e satisfatória. Em contrapartida, ao passo em que assume a obrigação de apresentar alguns fan services e easter eggs em detrimento da história, o roteiro acaba deixando um pouco a desejar no último ato, sobretudo ao apresentar um plot twist previsível e vazio, em relação a um dos vilões do filme.
E pra quem esperava um ponto final no DCEU, ainda que porventura possa ser o caso, ao meu ver, The Flash entrega um fim ambíguo em termos de definição. Em outras palavras, creio que o futuro ainda está em aberto.
Conclusão
Enfim, temos um filme do Flash, e ainda que longe de ser a obra-prima vendida durante sua campanha promocional, é divertido e emocionante no ponto certo. ~ Fazendo-me até passar um belo de um pano para todos os defeitos acima expostos.
Vale ressaltar que, na humilde opinião deste grande admirador do universo DC criado por Zack Snyder que vos fala, nada visto nesta película pode sequer ser comparado com o que estava sendo planejado no Snyderverso. Mas, ainda assim, afirmo sem cerimônias, que The Flash é uma parada obrigatória para que todos os fãs da DC, eventualmente, assistam e tirem suas próprias conclusões, sobre um dos filmes mais esperados (literalmente) de todos os tempos.
The Flash estreia nos cinemas, dia 15 de junho de 2023.
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