Amados por muitos e odiados por alguns, os três filmes de Zack Snyder, no DCEU, têm tons completamente diferentes, mas conseguem manter sua coesão e seu universo expandido. O Homem de Aço, Batman Vs. Superman e Liga da Justiça de Zack Snyder são bem distintos, tendo características únicas e visões próprias, mesmo que funcionem como um único filme de quase 10 horas.
É muito comum ouvir dos defensores dos novos rumos da DC que “os filmes de Zack Snyder são completamente iguais, com um só tom e estilo, sendo fechados e não abrindo caminho para mudanças”. Apesar da estética parecida, basta fazer uma breve análise dos três filmes, sem má vontade, que será possível identificar as discrepâncias.
Em 2013, Zack Snyder e a DC lançaram, oficialmente, o DCEU, com o filme “O Homem de Aço“, que contaria a história do Superman de uma perspectiva modernizada. Para essa empreitada, Snyder convidou o iraniano Amir Mokri para ser o diretor de fotografia do filme. Os pontos a serem destacados na questão de história e estética da nova aventura do Superman são enormes, mas para pincelar com qualidade, basta dar uma olhada na paleta de cores do filme. Com um tom esperançoso, vemos um aspecto amarelado, vermelho e azul no filme, com discursos motivacionais e uma pegada totalmente retirada da jornada do herói, criada por Joseph Campbell. Como sou um fã, também posso citar a trilha de Hans Zimmer, que se insere de maneira perfeita no filme e corrobora com o viés de esperança a ser transmitido. Apesar do que muitos dizem, O Homem de Aço é um filme de construção, heroísmo e superação.
Em 2016, Batman Vs. Superman chegou aos cinemas como “o filme mais ambicioso da história da DC nos cinemas”. Para marcar o primeiro encontro entre Batman e Superman nas telonas, Zack Snyder imaginou um filme sombrio, depressivo, violento e com muitas batalhas ideológicas, mas isso tem um EXCELENTE motivo: a trama se passa totalmente através da perspectiva do Batman. O filme é escuro, mas tem muitos tons do verde da kriptonita, a grande fraqueza do Superman. Além disso, a fotografia do filme vai ficando mais clara conforme as questões vão sendo resolvidas, marcando claramente uma ressurreição do Batman de Ben Affleck, que estava consumido pela raiva.
A fotografia de BvS foi feita por Larry Fong, fortalecendo ainda mais a tese de que Zack Snyder fez filmes igualmente distintos. Já a trilha, também de Hans Zimmer, foi muito carregada dramaticamente. Sombria, pesada e com muita força emocional, se mostrou bem diferente da trilha de O Homem de Aço, mesmo que ainda utilizando a estrutura de duas notas de piano. Para deixar registrado, é interessante citar que a estruturação musical das trilhas de Superman e Lex Luthor é a mesma, só invertendo a ordem dos toques. Na do Superman, é basicamente um Dó-Ré, e na de Lex é um Ré-Dó. Pode conferir! Dito isso, BvS é um filme sobre morte, desconstrução e sofrimento, mas também é uma obra de reconstrução, ressurreição e novas chances.
Para a reunião da Liga da Justiça nos cinemas, Snyder trouxe Fabian Wagner para comandar a fotografia. Com estilos diferentes para todos os personagens, Wagner se diferenciou dos anteriores por sua capacidade de mostrar, mesmo sem aparecer antes, qual era a visão de Zack Snyder para cada personagem. Além disso, Fabian também respeitou e “homenageou” Mokri e Fong, deixando traços dos tons apresentados anteriormente. Citando o Superman, do seu retorno até o encontro com Lois, o filme fica escuro, com um céu nublado e com uma fotografia pesada, bem parecida com a de BvS. Quando a jornalista aparece, podemos perceber a volta das cores básicas de O Homem de Aço, marcando o real retorno do herói. O Flash tem o azul como características, já que o personagem de Snyder tem raios azuis, a Mulher Maravilha tem tons que remetem à antiguidade. E por aí vai.
A Liga da Justiça de Zack Snyder se reinventa no seu próprio eixo, sendo mais leve, engraçada e familiar, marcando uma verdadeira origem da justiça. Diferentemente de Batman Vs. Superman, Liga da Justiça de Zack Snyder é um filme de união, força, reinvenção e alvorada, como o próprio final do filme quer demonstrar, basta notar as cores empregadas na reunião da Liga após a luta contra o Lobo da Estepe. Deixando uma menção honrosa ao trabalho de Junkie XL, que deu a dimensão do que o evento precisava e se diferenciou, ainda que homenageando, de seu tutor Hans Zimmer. É só escutar Superman Rising part 2. Ainda é Hans Zimmer, mas é completamente diferente!
Mesmo com suas controvérsias, os filmes de heróis de Zack Snyder marcaram época no cinema e é por isso que a #RestoreTheSnyderVerse segue em alta. Não queremos um copiar e colar como a concorrência, mas filmes artísticos e com coesão, com a grandiosidade e o tamanho que esses heróis merecem, com tons que se encaixem nestas histórias incríveis e uma boa trilha sonora de tirar o fôlego.
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