Depois de décadas de colaborações, o veterano roteirista Kurt Johnstad está acostumado ao processo de Zack Snyder. Entretanto, ‘Rebel Moon’, para ele, pareceu uma nova era:
[…] de muitas maneiras, estávamos filmando quatro filmes de uma vez.
O começo de tudo
Os co-escritores de Rebel Moon, Kurt Johnstad e Zack Snyder, têm uma longa história juntos. Anos antes de alcançarem o sucesso com 300 (2006), Johnstad conheceu Snyder quando ambos estavam começando no mundo dos videoclipes. Em 1997, Snyder apresentou a ideia de Rebel Moon em sua forma embrionária de Sete Samurais no espaço. Uma vez que ambos entraram na indústria cinematográfica no início dos anos 2000, Johnstad e Snyder começaram a desenvolver potenciais personagens e cenas.
A parceria de Johnstad e Snyder resultou na franquia 300 e vários outros roteiros não produzidos. Em 2012, Snyder apresentou a ideia como uma versão mais adulta de Star Wars para a Lucasfilm. Quando a Disney adquiriu a empresa, Snyder sabia que sua visão não veria a luz do dia. Ele, então, considerou a ideia de uma série de TV com o produtor Eric Newman. Contudo, foi apenas após a saída dramática de Snyder da Warner Bros. e do Universo Estendido da DC, que Johnstad recebeu uma ligação sobre sua ideia de muito tempo, que eles chamavam de ‘The Five’.
“Durante a Covid, em março de 2020, [Snyder] me ligou. Havíamos acabado de trabalhar juntos em outro projeto chamado Blood and Ashes, e ele disse: ‘Ei, acho que podemos revisitar The Five’”, conta Johnstad ao The Hollywood Reporter. “Ele estava começando a fazer Army of the Dead com a Netflix, e ele disse: ‘Acho que vou precisar de outro filme para fazer com eles depois disso, então vamos conversar sobre isso’”.
A participação de Shay Hatten
Johnstad e Snyder, então, escreveram quase 100 páginas da história. Quando o prazo se aproximava, Shay Hatten, co-roteirista de Army of the Dead, entrou no projeto, elevando o total de páginas para cerca de 216, mais ou menos. Cientes de que um roteiro de 216 páginas, dificilmente, produziria um único filme, a equipe criativa de Rebel Moon reduziu o roteiro para cerca de 138 páginas. No entanto, Snyder acabou decidindo retornar ao roteiro mais longo. Essa decisão colocou em movimento a agora série de dois filmes, além de uma versão +13 mais curta e uma versão estendida +18 para cada parte. A última decisão está se mostrando controversa entre os fãs e críticos, já que o melhor trabalho de Snyder costuma acontecer, quando ele não tem restrições.
Porém, Johnstad compreende por que a Netflix gostaria de incluir adolescentes mais jovens no público, sem controles parentais e restrições de idade. Isso porque este controle e restrição acabaria atrapalhando sua mais recente investida em uma franquia de streaming de grande orçamento.
“Em algum momento, houve uma decisão comercial de ‘Como podemos ter mais olhos? Como podemos fazer com que mais pessoas experimentem isso?’”, diz Johnstad. “E isso faz parte de Hollywood. As pessoas tomam essas decisões o tempo todo”.
Lançamento da Versão +18 da Parte 1 de Rebel Moon
Com a Parte 1 lançada e liderando o ranking de filmes da Netflix, Johnstad também revela o que os espectadores podem esperar da versão +18 da Parte 1, que será lançada em uma data desconhecida. Snyder, durante uma recente aparição na transmissão do YouTube de The Film Junkee, confirmou que a versão estendida do diretor da Parte 1 não será lançada antes da Parte 2, em abril.
“Definitivamente, há muito mais história no início do filme. Você definitivamente verá mais do [Anthony Hopkins como] Jimmy e verá seu arco, e verá muito mais de Kora e do Mundo-Mãe”, compartilha Johnstad. “Você terá uma introdução diferente a Noble. Você também terá uma introdução diferente a alguns personagens menores como Aris [Sky Yang], que é o soldado do Mundo-Mãe que defende o personagem de Sam no celeiro. Mas, de maneira geral, há mais personagem e, certamente, conhecendo Zack, há mais ação e espetáculo e a vivacidade visual do que ele faz. Então, simplesmente não havia tempo suficiente. Teria sido um filme +13 de quatro horas”.
Johnstad também diz que Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes parece ser um filme distinto, em comparação com a Parte 1.
“Eu diria que definitivamente é um filme próprio, e é um filme muito diferente. Não é uma montagem da equipe. A equipe está formada, e agora é por que eles lutam”, diz Johnstad. “Acho que [a versão PG-13] tem duas horas, ou talvez mais, mas é uma montanha-russa de ação incessante cheia de reviravoltas. E o final é espetacular”.
Fonte: Hollywood Reporter
Portal Zack Snyder • BR: De fã para fã
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