Uma crítica ao suspense estrelado por Rami Malek, que transforma inteligência em arma em um jogo silencioso de vingança e poder.
Operação Vingança é o novo filme do ator Rami Malek, que já viveu nosso querido Freddie Mercury no cinema. Entretanto, dessa vez, o ator retorna com um personagem completamente diferente do cantor. Aqui, ele interpreta Charles Heller, um criptógrafo da CIA em busca de justiça — e é justamente essa mudança de tom que torna o longa ainda mais intrigante. Desde os primeiros minutos, Operação Vingança nos apresenta um herói inusitado, que foge dos clichês tradicionais do gênero e surpreende com escolhas inteligentes.
- Trailer:
- Sinopse: Charlie Heller (Malek) é um brilhante, mas totalmente introvertido, decodificador da CIA que trabalha em um escritório no porão da sede em Langley e tem sua vida virada de cabeça para baixo quando sua esposa é assassinada em um ataque terrorista em Londres. Quando seus supervisores se recusam a tomar providências, ele decide resolver o problema com suas próprias mãos, embarcando em uma perigosa jornada pelo mundo para encontrar os responsáveis. Sua inteligência se torna sua arma mais poderosa para despistar seus perseguidores e conseguir sua vingança.
Minhas Impressões
Como já dito acima, Rami Malek interpreta o protagonista, que trabalha na CIA. Embora o título traduzido do filme e a sinopse façam parecer que o longa é de ação ou até mesmo de espionagem, ele, na verdade, se posiciona bem no meio dos dois gêneros. Não há muitas cenas típicas que caracterizariam uma produção puramente de ação ou espionagem.
Dessa vez, Charles não é um agente da CIA comum. Ele é um gênio, que trabalha escondido no subsolo da agência com seus companheiros de trabalho, decifrando e decodificando mensagens perigosas e sigilosas. Essas mensagens, se descobertas, colocariam qualquer vida em risco. Tudo muda quando um evento traumático acontece. A partir disso, ele exige treinamento para se vingar e, enfim, vai a campo.
O diferencial dessa história é que, ao contrário dos heróis tradicionais dos filmes de ação ou espionagem, o protagonista não sabe manusear armas com destreza. Isso o obriga a usar a inteligência como principal recurso para alcançar seus objetivos. Esse aspecto transforma Operação Vingança em algo mais interessante do que o habitual.
Um detalhe que se destaca é a presença ilustre de Laurence Fishburne. Há tempos, ele é figurinha carimbada nesse tipo de produção. Embora sua participação seja breve, sua presença em cena sempre prende a atenção do público.
Outro ponto positivo que merece destaque é a forma como o filme retrata, de maneira discreta, sutil e indireta, a disputa por poder dentro da agência. Isso acontece quando a nova diretora entra em conflito com um antigo e influente executivo. Neste sentido, a trama inclui decisões estratégicas, que desafiam ideias pré-estabelecidas e buscam validar a autoridade da nova liderança em uma das agências de inteligência mais importantes do mundo.
Conclusão
Operação Vingança tem pouco mais de duas horas de duração. E, nesse tempo, consegue cumprir seu papel: entreter e fazer o tempo passar rápido — a ponto de o espectador nem perceber. É o tipo de filme que deixa saudade e nos faz lembrar como é bom assistir algo decente, digno de uma sessão da tarde com qualidade.
Portanto, se você quer ver algo inteligente, mas sem excessos ou violência gratuita, este filme é para você. Então, sugiro que dê uma chance para o Nerd da CIA e vá assistir. Seja no cinema ou no conforto do seu lar, essas duas horas da sua vida serão bem proveitosas. E, quem sabe, você também acabe se surpreendendo com o estilo inesperado de Operação Vingança.
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