Um filme de ficção científica sobre um vírus que aterroriza a Terra; uma tripulação humana com um intruso desconhecido, em sua nave à deriva no espaço; e uma viagem no tempo. Tem tudo para atiçar a curiosidade do nerd moderno nos cinemas, certo? Pois bem, o filme Gemini: O Planeta Sombrio vem para mostrar como uma receita pode dar errado, até mesmo com os ingredientes certos.
- Trailer:
- Sinopse: Um thriller de ficção-científica sobre uma missão espacial enviada para formar um planeta distante habitável. No entanto, a missão encontra algo desconhecido que tem o seu próprio plano para o planeta.
Minhas impressões
Gemini: O Planeta Sombrio tenta entregar um filme para ser consumido com voracidade, afinal, trabalha com os elementos mais usados nas produções atuais. Mas sua ânsia de conquistar o público pode ter sido seu erro. Começamos com a construção da narrativa, com pontos muito semelhantes e vistos em demais longas, e que demora muito para mostrar o foco da trama, que acaba ficando vago. O filme vai e volta em flashback do personagem principal, para tentar (talvez) criar um laço com o público, mas sua apresentação é tão antipática que fica difícil se conectar com a história do seu relacionamento, que convenhamos, é uma das coisas mais mal desenvolvidas.
Às vezes, um elenco salva um filme. Quantas vezes vemos uma equipe de atores que seguram uma trama com suas atuações, mesmo que o roteiro seja questionável? Em Gemini: O Planeta Sombrio, esse é mais um ponto negativo, com um elenco gélido e com carisma de um coqueiro no Polo Norte, fica mais difícil a imersão na história. E o mais curioso, o argumento de start do filme é bom, a construção e como ele é apresentado que tropeça demais. Talvez, pela narrativa arrastada ou pela falta de ação dos elementos que são queridinhos do público, o filme resvala no roteiro, porque no visual, ele se sai muito bem. Ainda mais em épocas em que os CGI são sempre muito analisados, é satisfatório o que se vê em tela.
Conclusão
Para a estreia da dupla de cineastas, Serik Beyseu e Vyacheslav Lisnevskiy, como diretores de um filme voltado para este público, o saldo acaba sendo positivo. Prevejo bons filmes em seus currículos, no futuro. Só é preciso calibrar a direção.
O longa deixa um gostinho meio agridoce de “tinha tanto pra mostrar”, que torço para que mais obras misturando os elementos de viagem no tempo e alienígenas no espaço, sejam melhores e mais elaboradas. Principalmente, quando sai da rota de Hollywood, já que o filme é uma produção Russa.
Gemini: O Planeta Sombrio, estreia exclusivamente nos cinemas, dia 02 de fevereiro.
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1 comentário
Filme mediano de ficção científica. Um bom argumento mal executado, filme russo pelo jeito.
O bom é que vc mão precisa aguentar nenhuma lição de moral de wokismo ou identitarismo.
Bom para dormir. Falta ação e efeitos melhores. Narração arrastada. Mas não tem identitarismo e isso já equilibra as coisas