OFF | Crítica sobre “Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança”

Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança é um filme brasileiro de drama e suspense, dirigido por Marcos Bernstein e estrelado por Cláudia Abreu e Júlia Lemmertz dividindo a tela, em grande parte do tempo. O filme conta a história de Carla, uma mãe que vê a filha ser baleada durante um assalto. Carla fica devastada e decide se vingar dos responsáveis pelo crime.

• Trailer:

• Sinopse: Em Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança, acompanhamos uma mãe, a advogada Carla (Cláudia Abreu), que vê a filha ser baleada durante uma tentativa de assalto. A menina fica em estado grave. Carla, sem conseguir aceitar o destino da filha e a falta de soluções por parte da polícia, transforma a busca por justiça em uma procura por vingança. No balanço entre a vida e a morte a qualquer minuto, ela decide fazer a justiça com as próprias mãos e testar o seus próprios limites.

Minhas impressões

A história de Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança parte de uma ideia muito interessante. Com um trailer de tirar o fôlego, você não espera nada menos que uma busca insana de uma mãe sedenta vingança. Bem, o filme entrega isso, mas não como o trailer sugere. A trama é envolvente e o suspense é mantido do início ao fim. De certo modo, acaba sendo um thriller psicológico que prende a atenção do espectador. Porém, prende mais para entendermos como aquele quebra-cabeça, que chamo de roteiro, vai juntar as informações ao longo das duas horas de filme, do que para o desfecho em si.

Não sou a favor de quem opina se um filme é bom ou ruim por sua duração. Mas é necessário analisar se o tempo de tela do longa é realmente necessário e bem utilizado para passar sua mensagem. E, no caso de Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança, serviu mais para deixar o telespectador confuso com as ações da protagonista, do que desenvolver o roteiro com os acontecimentos da linha do tempo.

Mas uma coisa é inegável, Cláudia Abreu está excelente. Carla é uma personagem muito complexa e Cláudia consegue transmitir toda a dor, raiva e a determinação de uma mãe enlutada e rancorosa, de uma forma ímpar.

Conclusão

Em resumo, Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança é um filme com ótima produção e que vale a pena conferir. Exceto se você está passando por um momento de luta da perda de alguém que foi vítima da violência urbana. Nesse caso, o longa pode engatilhar pensamentos e revoltas conflituosas.

O título do longa faz jus ao que vemos em tela. Inclusive, até podia haver um aviso inicial sobre cenas fortes de violência, pois definitivamente vemos os sentimentos de revolta das vítimas da violência urbana, de uma maneira sólida. Quer dizer, até mesmo a pessoa mais espiritualizada, dificilmente pensará diferente da personagem Carla, em algum momento. Contudo, fica minha dúvida sobre o título complementar “Ato I: Terapia da Vingança”: estaria o diretor pensando em apresentar um Ato II, futuramente? Se sim, talvez a continuação possa dar mais endosso à história, previamente, apresentada. Torço para que sim. Ver o cinema brasileiro evoluindo nas narrativas de suas produções sempre é bom, apesar de alguns deslizes.

Tempos de Barbárie – Ato I: Terapia da Vingança estreia nos cinemas, dia 17 de agosto de 2023.

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