OFF | Crítica sobre “Tubarão: Mar de Sangue”, o mais novo longa do gênero

🎶 Andou na prancha, cuidado, tubarão vai te pegar..  Tubarão, te amo! 🎶~ Er, não dessa vez. ~ Tubarão: Mar de Sangue é o típico filme do estilo, que se somado a tantos outros, poderia, facilmente, virar uma saga. Isso porque segue bem o gênero, mas não inova nas histórias, tampouco nas soluções ou sobreviventes. Entretanto, os cenários e a filmagem são bem interessantes. Confira!

• Trailer:

• Sinopse: Um grupo de amigos aproveitam um fim de semana e roubam alguns jet skis para se divertirem no mar aberto, mas acabam em um terrível acidente. Eles lutam para encontrar o caminho de casa, carregando um amigo gravemente ferido, enquanto terríveis predadores os perseguem no mar.

O que esperar?

Posso dizer que sou amante de filmes do gênero, desde Tubarão, de Steven Spielberg, e por muito tempo o considerava o melhor, por ter sido o pioneiro. No entanto, passadas algumas experiências cinematográficas, se assemelhando com clichês e situações óbvias, nenhum superou Megatubarão, o tubarão centenário. ~ Bem, pelo menos para mim. ~ Neste sentido, Tubarão: Mar de Sangue, parece flertar com o eletrizante Águas Rasas, onde o tubarão parece ser incansavelmente inteligente. Mais uma vez, o predador escolhido é um tubarão-branco, mesmo que o cabeça-chata e tubarão-tigre, sejam mais agressivos naturalmente. ~ O segundo pode ser ainda maior e mais assustador. Por que não explorá-lo?

Entretanto, inova em poucas coisas, como no cenário reduzido a um jet ski, menor do que um barco ou um bote, como em Pânico em Alto Mar e o Grande Tubarão Branco, respectivamente. ~ O que não é suficiente em si, diga-se. ~ A filmagem não fica a desejar, pois muito dela é sob a perspectiva do personagem e não somente do tubarão, como de costume. Além disso, traz uma senhora fotografia: a escolha é simplesmente fantástica a céu aberto, mas não muito promissora embaixo d’água, sobretudo nos corais.

Minhas Impressões

Quando o filme começa com um luau à beira-mar, regado a pirotecnia e bebida alcoólica, a primeira coisa que me passou pela cabeça foi: “Seria uma referência ao primeiro filme da saga Tubarão, do Spielberg?”, “Devo esperar algum bêbado indo mergulhar na praia e servir de alimento para um predador faminto?”. Surpreendendo um total de zero pessoas, em Tubarão: Mar de Sangue, embora um estranho avise do perigo iminente, é desacreditado na velocidade da luz e todo o resto segue um grande e enorme clichê. ~ O que, sinceramente, é bom para quem curte o gênero. 

E quanto a isso, esperem o óbvio do óbvio: Pouca segurança, astúcia e suprimentos. Não tarda para que percebam a “imensa inteligência” em suas ações negligentes, quando o predador marítimo começa a assombrá-los. Entretanto, preciso dizer: a primeira aparição do tubarão-branco flerta bem com a filmagem submersa dos corais na cena inicial. A agonia e a apreensão, no entanto, são o ponto forte do longa. Tem cenas suficientemente boas para se assustar e vibrar: ótimo para quem curte uma dose de terror.

O que sabemos de outros filmes, como o olfato aguçado de um tubarão e seu instinto territorialista, estão presentes no longa, o que poderia ser aplicado a uma saga, com outros do gênero, facilmente. ~ Estou para ver um com o repelente Anti-Shark 100, da Shark Tec., só para variar. Oremos! ~ Apesar disso, neste filme, é trabalhado o drama psicológico de três personagens, para além do perigo marítimo, o que sinceramente é bem interessante. Sendo assim, pelo instinto de sobrevivência, deixar as questões pessoais de lado é uma questão de necessidade, e Tubarão: Mar de Sangue não peca em estender o que não precisa.

Conclusão

Em Tubarão: Mar de Sangue, algumas atitudes, sem nenhuma surpresa, foram um tanto ingênuas ou desesperadas, o que para quem precisa de uma estratégia para sobreviver em alto mar, não é lá muito inteligente. ~ Mas, quem nunca? Do contrário, não seria um filme legítimo de tubarão. ~ Outras, são bem corajosas e dignas de um bom filme do estilo, apesar de algumas cenas óbvias. Entretanto, as tomadas de tensão ganham a trama e merecem destaque, porque prendem o espectador ao longa.

Para concluir, é um filme bom para quem gosta do estilo e até surpreendeu, talvez porque minhas expectativas estavam baixas, visto pela quantidade de filmes que temos sobre o mesmo predador marítimo. No entanto, não é inovador, ainda que entregue o que promete.

Sem cenas pós-crédito, ~ o que sinceramente faltou para fechar bem o longa, ao meu ver ~, Tubarão: Mar de Sangue justifica bem o nome recebido, tanto para o título original, quanto para o escolhido no Brasil. Portanto, recomendo.

Tubarão: Mar de Sangue estreia, exclusivamente, nos cinemas, dia 1º de dezembro de 2022.

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