Ao se assistir um filme, é necessário que sua trilha sonora seja totalmente atrelada ao que está sendo desenvolvido na tela. Por experiência própria, existem dezenas de filmes que podem ser bons, e até são, mas não agradam por ter uma trilha que não se encaixa. Um exemplo disso é o novo lançamento da Marvel, Homem-Aranha: Sem volta pra casa.
Apesar de divertido e com uma história cativante, a trilha de Michael Giacchino não parece inspirada. Como de praxe nos filmes da editora rival, as músicas circenses em momentos tensos prejudicam a imersão, o que não é interessante para quem está acostumado com as faixas épicas de filmes como Titanic, A Origem ou Batman: O Cavaleiro das Trevas. Não precisamos ir longe, até os X-Men, da Fox, tinham trilhas mais bem trabalhadas.
No caso da DC, a ideia de Zack Snyder e dos produtores foi trazer Hans Zimmer para começar a construir a trilha do universo. Em O Homem de Aço, Zimmer transformou as duas notas Dó e Ré, na alma do Superman e as usou como base total de todas as trilhas do filme, deixando tudo ainda mais épico. Era incrível como as faixas iam da calmaria à tempestade com os mesmos ritmos. Apaixonante, Zimmer seguiu com a incrível trilha em Batman Vs. Superman.
No filme de 2016, Hans Zimmer contou com a colaboração de Junkie XL, seu pupilo, e se destacou principalmente por “Beautiful Lie” e “This Is My World”, mas a trilha de Lex Luthor, “The Red Capes Are Coming”, também foi muito bem recebida e é, até os dias de hoje, reconhecida como uma das melhores trilhas do DCEU. Além destas, é bom destacar a trilha da Mulher-Maravilha, “Is She With You?”. Apesar da injusta recepção mista do público, é de consentimento geral que Batman vs. Superman tem uma trilha sonora excelente e que casa perfeitamente com o filme.
Em 2017, após a saída de Snyder, Whedon e a Warner convidaram Danny Elfman, autor da trilha do Batman de Michael Keaton e do Homem-Aranha de Tobey Maguire, para substituir Junkie XL, que assumiria pela primeira vez, sem a companhia de Zimmer, a trilha de um filme da DC. O resultado pode ser explicado por apenas uma cena, a da entrada do Superman na batalha contra o Steppenwolf. Em 2017, uma variação da trilha de Christopher Reeve foi utilizada, o que foi pouco marcante e não deixou o momento nada épico.
Em 2021, os fãs puderam ver a verdadeira Liga da Justiça e sua trilha sonora restaurada. Os temas da Liga da Justiça são completamente diferentes e denotam para quais fins o filme foi feito. As faixas de 2017 aparentam ser a de um filme infantil e pouco memorável, já as de 2021 se apegam a uma sensação épica de um filme que será lembrado por eras. Os momentos do Superman, como já citado acima, são os mais evidentes. Pra quem tiver coragem e quiser checar, o filme de 2017, ele está disponível na plataforma da WarnerMedia.
Diga o que quiser sobre os filmes de Zack Snyder na DC, mas é impossível negar o significado e a imponência destes e suas trilhas sonoras marcantes. Para alguns fãs, inclusive, a trilha de Hans Zimmer para o Superman dialoga e está no mesmo patamar da de John Willians, feita para o personagem de Reeve, lá no fim dos anos 70.
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2 comentários
Muito legal o artigo. Interessante ressaltar que o Junkie XL já tinha feito algum material para a Liga da Justiça antes do Zack Snyder ter saído do projeto, e por não concordar com as críticas impostas ao seu amigo e diretor, foi retirado do projeto e substituído, ele fala sobre isso tudo numa entrevista. Não tem comparação a trilha que ele compôs para a Liga da Justiça de ZS com a que ouvimos na liga de Joss, a Warner simplesmente não tem ideia do potencial que a DC tem para se tornar uma franquia épica de cinema (já o Snyder tem essa visão).