Após dois anos das denúncia de Ray Fisher contra o comportamento abusivo do diretor Joss Whedon, no set de filmagem de Liga da Justiça, o cineasta resolveu falar. O retorno de Whedon poderia ser com um pedido de desculpas, mas ele preferiu alegar que todos estão mentindo sobre ele.
Whedon substituiu Zack Snyder para finalizar o filme Liga da Justiça, em 2017, após seu afastamento da produção devido ao suicídio de sua filha (Autumn Snyder) e pressão do estúdio. O ambiente de trabalho proporcionado pelo substituto não foi nada bom, recebendo inúmeras reclamações de dublês, produção e atores.
Hoje, Whedon parece se sentir seguro em “refutar” essas alegações, afirmando que: Ray Fisher é um péssimo ator nos dois sentidos; Gal Gadot entendeu como ameaça o que disse, pois o inglês não é sua língua materna; Nunca trabalhou com um elenco tão rude como o de Liga da Justiça; A “campanha difamatória” é culpa dos fãs de Snyder (o que ele chama de campanha, vemos como revolta orgânica que geralmente as pessoas possuem diante tais situações); além de falar sobre a teoria de que Zack Snyder teria influenciado Ray Fisher a achar que o corte das cenas do personagem Ciborgue, teria sido motivado por racismo.
Eu não sei quem começou. Só sei em nome de quem foi feito. O começo da internet me levantou e a internet moderna me puxou para baixo. A simetria perfeita não passou despercebida para mim.
Esse foi o vitimismo de Whedon, em sua entrevista à Vulture. Chega até ser difícil reunir todas essas falas do cineasta, sem emitir opiniões, já que parece ser um trabalho muito bem encomendado para culpar as vítimas e inverter a situação a ser favor. A assessoria da atriz Gal Gadot, enviou uma resposta à revista Vulture, rebatendo o comentário xenofóbico.
Eu entendi perfeitamente. Eu nunca vou trabalhar com ele e nunca sugeriria a nenhum dos meus colegas para trabalhar com ele, no futuro.
O ator Ray Fisher ironizou o diretor alegando que finalmente ele conseguiu dirigir seu Ultimato, depois de tudo, fazendo alusão com seu afastamento da Marvel, após a realização do segundo filme dos Vingadores. A atriz, Charisma Carpenter, da série Buffy, a Caça-Vampiros, também se manifestou em sua rede social, ressaltando sua péssima experiência com o diretor, dando apoio a Fisher. A hashtag #IStandWithRayFisher (Eu estou com Ray Fisher), acabou sendo um dos assuntos mais comentados na rede social.
Infelizmente, a prática de assediadores ao serem expostos acaba sendo esta, tentando descredibilizar suas vítimas e buscar apoio nos lugares mais sombrios da internet. Mesmo o assunto sendo a conduta inapropriada de Joss Whedon, o assunto acabou respingando no diretor Zack Snyder e seus fãs. Snyder não se manifestou, mas Deborah, sua esposa e parceira de produção, publicou no dia do lançamento da entrevista, uma frase de Martin Luther King, em comemoração ao dia do ativista, mas que pode ser muito bem compreendida para a situação.
Eu decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para suportar.
A entrevista de Joss Whedon foi uma lição de como o silêncio nem sempre é a reflexão em torno dos erros. Neste caso, foi apenas uma estratégia com tendências narcisistas, muito vista em predadores de Hollywood.
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1 comentário
NOJO define. Nossa, que prepotência! Fico pensando se isso nao foi mais um tiro no pé, do que uma defesa, de fato. haha