OFF | Crítica sobre “Thunderbolts”

Anti-heróis em cena: Thunderbolts surpreende com humor afiado, drama real e um novo rumo para a Marvel

Thunderbolts, ou para os íntimos “Os Novos Vingadores”, é o mais novo capítulo do universo Marvel. Após o fim dos Vingadores originais, os Estados Unidos se veem vulneráveis e sem uma linha de frente heroica — ou pelo menos é o que acreditam. É nesse cenário que surge uma nova formação, nada convencional, trazendo à tona rostos conhecidos e figuras inesperadas.

• Trailer:

• Sinopse: Após suas aparições em Black Widow e Hawkeye, Florence Pugh retorna ao Universo Marvel como Yelena Belova, uma assassina implacável que se une a um time de anti-heróis em missões para o governo dos Estados Unidos. Em Thunderbolts, Yelena faz parte de uma equipe composta por ex-supervilões redimidos, prontos para agir em nome de causas controversas. Thunderbolts traz uma nova abordagem ao explorar personagens desajustados e suas lutas internas, enquanto enfrentam desafios de alto risco para o governo, misturando ação, humor e dilemas morais.
  

Minhas Impressões

Embora os leitores mais fiéis das HQs ou os apaixonados pelos filmes da Marvel tenham o costume de sempre torcer, apenas, para heróis (com exceção de Deadpool), dessa vez quem se destaca são os anti-heróis.

Anti-heróis são personagens que se opõem ao conceito tradicional de herói. Têm características e motivações contrárias às virtudes e qualidades que costumam ser atribuídas aos protagonistas. Inclusive, podem ser moralmente ambíguos, com defeitos e falhas como qualquer ser humano.

Para liderar esse novo grupo, o Soldado Invernal — que agora é político — retorna às telonas. Embora, em Thunderbolts, não seja o protagonista, é impossível não notar a presença de Sebastian Stan.

Dessa vez, a Marvel nos presenteia com poucas cenas de ação e um roteiro mais profundo, com muitas analogias. De forma leve e discreta, podemos ver o cuidado que os diretores tiveram ao tratar de um assunto muito sério: a depressão. Em nenhum momento brincaram com esse tema. Ainda assim, como nos filmes anteriores, o humor continua presente.

Assim, Sebastian Stan volta a ser o Soldado Invernal. Entretanto, quem manda no filme é David Harbour, o nosso Guardião Vermelho. Toda vez que entra em cena, ele a rouba. Seu humor deixa o filme mais leve e divertido.

Além dele, outro ponto positivo de Thunderbolts é a presença de Lewis Pullman (Top Gun: Maverick), que vive Bob. Sua aparição é chocante, já que seu personagem também é. Para quem já leu alguma HQ do grupo, provavelmente já sabe quem é esse tal de Bob. Porém, se não leu, não se preocupe. Este texto está livre de spoilers. Então, boa sorte ao descobrir.

Conclusão

Em resumo, sendo você fã ou não da Marvel, Thunderbolts merece sua atenção. A proposta é diferente: menos ação desenfreada, mais conteúdo emocional e reflexivo. As cenas de luta existem, mas aparecem nos momentos certos, sem deixar o ritmo cansativo.

E claro, como todo bom filme da Marvel, temos cenas pós-créditos. Sim, no plural. São duas, e uma delas entrega uma surpresa que certamente vai empolgar os fãs de HQs.

Thunderbolts marca uma virada ousada. Com personagens fora do padrão heroico e um roteiro mais denso, o filme aponta para um futuro promissor — e talvez até mais maduro — no universo Marvel.

Thunderbolts estreia dia 1º de Maio, nos cinemas.

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