“Tenho mais controle com animação” diz Zack Snyder sobre Crepúsculo dos Deuses

O criador/diretor/produtor executivo de Crepúsculo dos Deuses, Zack Snyder, e a produtora executiva Deborah Snyder conversaram com a SciFi Now sobre sua nova série animada na Netflix e o projeto 300.

O SciFi Now conversou com Zack Snyder e Deborah Snyder para saber mais…

Do que você está mais empolgado para que o público veja em Twilight Of The Gods?

ZACK SNYDER: Para mim, a coisa mais emocionante que espero que o público experimente é a escala dos personagens e os arcos gigantescos que eles têm ao longo dessa experiência super longa. Quando você faz uma série, sua relação com os personagens é muito mais profunda do que em um filme. Em um filme, há muito mais história e enredo para cobrir, enquanto que aqui temos tanto tempo para realmente entender o que Leif e Sigrid estão passando. Podemos torcer por eles. Podemos mergulhar fundo com eles. Podemos nos importar com o que eles sentem e realmente tentar entender a motivação de Sigrid. Estou animado para que o público se conecte com esses personagens e embarque nessa jornada, porque é uma jornada longa e divertida.

Antes de tudo, o que na mitologia nórdica te fascina?

ZACK SNYDER: Fizemos um mergulho bem profundo na mitologia nórdica para o show, mas eu já era fã dessa mitologia muito antes. Sempre me interessei por Baldor e pelas mortes dos deuses. Sempre fiquei curioso sobre como os deuses vivem e morrem – e o que eles realmente representam. Eles são uma ideia? Uma forma de entender o mundo? Ou são personalidades reais?

O que mais torna a mitologia nórdica um terreno tão fértil para histórias?

ZACK SNYDER: Para mim, a coisa mais legal sobre a mitologia nórdica é que os deuses são bem peculiares. Em muitas dessas histórias, parece que você não conseguiria inventá-las. Você pensa: ‘Espera, os deuses fizeram o quê?’ De certa forma, isso os torna realmente relacionáveis, porque o que acontece é que você não sente a mão de uma única voz manipulando-os. Quando você lê uma história, muitas vezes o personagem principal precisa fazer certas coisas para que a história aconteça. Acho que o legal da mitologia nórdica é o fato de que muitas vezes os personagens fazem coisas inesperadas e impossíveis, o que os faz parecer mais reais. Para mim, pelo menos, porque eles não fazem exatamente o que você espera que fariam.

Como você descreveria a história do show?

DEBORAH SNYDER: Esta é uma história de amor que tem muita ação e batalha, mas também fala sobre vingança. Existem muitas, muitas camadas. Os personagens centrais são muito ricos e interpretados de forma bastante crível. Acho que Sylvia [Hoeks, que interpreta Sigrid] e Stuart [Martin, que interpreta Leif] fizeram um ótimo trabalho com as nuances do relacionamento deles, de modo que você fica interessado em ver o que acontece e torce por eles. E também podemos ver todos esses deuses, além de dragões e magia. É muito rico.

O quão sexy é o show?

DEBORAH SNYDER: Este é um show co-criado por Zack Snyder, então acho que há uma expectativa em relação ao nível de ação e também ao nível de sensualidade, que é semelhante ao que fazemos em nossos filmes live-action. É uma história de amor entre Leif e Sigrid. Você realmente quer ver isso encapsulado. Além disso, esta é uma animação adulta, então podemos fazer isso. Podemos ir além dos limites.

Quais são os temas subjacentes de Twilight Of The Gods?

ZACK SNYDER: Tudo. Ainda não é o Ragnarok. E eu digo ainda! Mas os temas são sobre mortalidade e imortalidade – e se a imortalidade é uma maldição ou uma bênção. Para mim, a história de amor entre Sigrid e Leif está no coração disso. O que faríamos pela pessoa que amamos? Até onde iríamos? Até que ponto nos afundaríamos?

Como essa história de amor se desenvolve na narrativa?

ZACK SNYDER: Há uma cena no início do show – no primeiro episódio – em que Leif conta a história de quando viu Sigrid pela primeira vez. Ela está pulando sobre ele e matando aquele cara. No final dessa cena, as Valquírias vêm para levar os mortos do campo de batalha, e uma delas vê Sigrid. Elas têm esse momento juntas; a Valquíria e Sigrid, porque ela é tão feroz. Há essa ideia de que a Valquíria entende o destino de Sigrid no primeiro segundo – e então Sigrid interpreta mal esse relacionamento. Leif pensa: ‘Ah, droga. Não é nada bom ter uma Valquíria de olho em você.’ Elas [as Valquírias] estão pensando: ‘Nós nos encontraremos de novo mais tarde.’ Essas são o tipo de coisa que eu realmente gosto.

A primeira temporada encerra a história ou há potencial para mais temporadas no futuro?

DEBORAH SNYDER: A mitologia nórdica é tão vasta e só vemos uma pequena parte nesta série, então o que é empolgante é que há uma oportunidade de seguir esses personagens em muitas outras jornadas no futuro.

Como você traduziu seu estilo para um meio animado?

ZACK SNYDER: Quando estamos criando o storyboard de uma sequência em um filme, eu a desenho e depois filmamos – mas os atores nem sempre fazem exatamente o que foi desenhado. Sempre há um pouco de: ‘Ah, está perto.’ Eu tenho mais controle com a animação. Quando fazemos um quadro animado, fico tipo: ‘É exatamente o que desenhamos. É exatamente o que imaginei.’ De certa forma, a animação está mais próxima do meu coração estético.

Você está trabalhando em um novo projeto de 300. Será uma animação?

ZACK SNYDER: O novo 300 não será animado, mas certamente poderia haver uma série animada de 300. Isso seria absolutamente uma maneira legal de fazer. Já é meio animado, de qualquer forma!

Disponível na Netflix a partir de 19 de setembro, Zack Snyder apresenta Crepúsculo dos Deuses, uma nova visão animada da mitologia nórdica.

Via: SciFi Now

Portal Zack Snyder • BR: De fã para fã
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