Falar de Sucker Punch, não é uma tarefa fácil, contudo, não posso deixar de citar a máxima “Se não gostou, é porque não entendeu”. Antes de parecer presunção de minha parte, preciso lembrar que não estou falando de gostos, mas de simbologias e fatos. Quem conhece, sabe e já está acostumado com a maneira com que Zack faz críticas sociais, através de seus filmes. Não por menos, Snyder considera o filme o mais incompreendido de sua carreira. Além disso, foi grosseiramente modificado pelo próprio Estúdio. Portanto, é necessário trazer algumas reflexões acerca das várias questões que o filme aborda. ~ E, poxa, o cara dedicou o filme em memória à mãe dele! Dá uma chance!
Mas, antes, fazer uma crítica deste filme, é um tanto quanto delicado para mim, visto que sou mulher e como tal, poderia seguir a massa e encher o peito para repetir as velhas acusações de sempre. Entretanto, e correndo o risco de me acusarem de “passar pano para o Zack”, vou mostrar através de argumentação e fundamentação, que as acusações são infundadas e precipitadas, e que se a sua conclusão sobre minha crítica, respingar sobre a minha pessoa, só atesta que, talvez, não entendeu nada, mesmo. E é nesse clima de desafio e provocação que inicio a minha crítica sobre Sucker Punch. Vem comigo?
O Início do Mundo Surreal
Ano: 2011
Direção Geral: Zack Snyder
Produção: Deborah Snyder & Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder | Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung e Carla Gugino
Gênero: Ação | Drama | Suspense | Fantasia | Steampunk (Ficção Científica especulativa)
Lançamento: 25 de março de 2012 (Brasil)
Duração: 109 minutos
Classificação Indicativa: +13 anos | 18 anos
Notas Iniciais
Para entender Sucker Punch é necessário se permitir e abrir a mente, pois não se trata de um filme simples, cujo objetivo é entreter e causar comoção feminina, numa tentativa de apresentar um empoderamento e uma busca pela liberdade, através de um grupo de heroínas lutando contra o mal. É muito mais do que isso! Trata-se de um filme complexo e profundo, do ponto de vista psíquico, com críticas sociais dos anos 50/60 e com um tema pouco debatido nos cinemas e bem menos compreendido pelo público. Talvez, por isso, precise ser destrinchado item por item, com a devida atenção e conhecimento científico e histórico.
É complexo porque apresenta, sutilmente e em detalhes, que suas realidades alternativas ocorrem em cada etapa da cirurgia de lobotomia a qual é submetida no sanatório. Isso fica claro quando percebemos que um dos tratamentos oferecidos é através da música e por conta dela, que entramos em um submundo dissociativo de Babydoll. É profundo, porque trata de questões psíquicas e para entendê-las, é preciso conhecer os conceitos e suas definições, o que não é fácil de se entender, sem um conhecimento prévio e sem uma explanação clara sobre o assunto. É uma crítica social dos anos 50, considerando que o procedimento de lobotomia era uma prática existente, batizado como Programa Secreto “MK-ULTRA“. ~ Já falo melhor dele.
Disclaimer Pessoal
No fundo, eu gostaria de ser objetiva, mas creio que não conseguirei, porque Sucker Punch é um filme difícil de ser analisado. ~ O que é compreensível, mas não justificável, quando se parte do princípio de terem entendido ‘Ilha do Medo’, com Leonardo DiCaprio.~ E não quero correr o risco de parecer repetitiva, também.
Talvez, por apenas gostar de avaliar a personalidade dos personagens e seu processo de criação, eu tenha gostado de como Zack trabalhou as questões que envolvem a psique da Babydoll. Inclusive, não é a primeira vez que ele faz isso. Em nosso texto “O olhar refinado de Zack Snyder e a Humanização dos deuses da DC“, indicamos as referências feitas aos sintomas de ansiedade e como, usando os maiores heróis da DC, Zack ressignificou os problemas de saúde mental.
Em Sucker Punch não é diferente. Contudo, para compreender a mente de Babydoll, é preciso mergulhar nela, buscando entender, primeiramente, sua estória de abuso e adentrando em seu processo de Dissociação.
O Enredo como Introdução à Psique
“Nós podemos negar que nossos anjos existem, ou que não são reais, mas eles aparecem de qualquer jeito, nos lugares mais estranhos e nas horas mais estranhas. Eles podem falar de qualquer jeito que se imagina e espantar demônios se for preciso, eles nos instigam e nos desafiam a lutar.”
As Realidades Alternativas e a Complexidade da Mente Humana
Em uma das realidades, encontra-se em um orfanato de fachada, onde foi abandonada pelo padre (interpretado pelo padrasto). Na mente de Babydoll, o orfanato funciona clandestinamente como um bordel, onde vivem outras garotas (também pacientes). Analogicamente, o sanatório virou um orfanato, porque como ela perdeu mãe e irmã, se vê como órfã. A busca pela sua liberdade (do sanatório) é a mesma que do bordel. Brilhantemente, todas as “viagens malucas” de Babydoll, remetem-se aquilo que ela está vivendo no presente momento. ~ Se conseguir entender isso, é meio caminho andado.
Por que isso ocorre? De modo geral, a Dissociação, ou Transtorno Dissociativo de Identidade, ocorre como um fenômeno defensivo que visa manter a estabilidade física e mental, através de realidades paralelas. Totalmente abalada psicologicamente, ela consegue se “remover” cognitiva e/ou emocionalmente da experiência e se adaptar comportal e fisicamente às exigências externas. ~ Isso diz muito sobre o que acontece com Babydoll, certo? ~ Sua busca pela liberdade, ainda, pode ser interpretada como fuga de sua realidade. Principalmente, se levarmos em conta a citação de “paraíso”, logo nos primeiros diálogos, já dentro do sanatório. Deste modo, sua única forma de alcançar a liberdade, é aceitar a lobotomia.
O que esperar de Suncker Punch
O Programa Secreto MK-ULTRA e a Crítica Social
Entre os anos 50 e 60, a CIA e o Pentágono submetiam cidadãos americanos e estrangeiros a “experiências” com o objetivo declarado de adquirir o “segredo do controle da mente”. Entre os procedimentos a serem usados em interrogatórios e tortura, estão as ingestões de drogas alucinógenas, as técnicas de hipnose, apagamento de memórias, implante de lembranças falsas e incentivo de personalidades múltiplas. Além disso, o experimento buscava forçar confissões por meio de controle mental, fabricar suicidas ou assassinos. ~ Qualquer semelhança não é mera coincidência! ~ No início do filme, Blue Jones diz que o tratamento que Babydoll receberá, será capaz de apagar até mesmo o nome dela. E todas as práticas foram relatadas em flashs no filme, durante a sua internação. Então, é possível afirmarmos que a mesma prática adotada nela, eram as aplicadas no MK-ULTRA.
“Sucker Punch” oferece uma amostra da confusão mental real vivida pelas pessoas submetidas aos testes do MK-ULTRA, enquanto expõe o espectador à mesma experiência: ilusões, enganos, inversões e dissociações. E à medida que o filme avança, a linha tênue entre a realidade e a ficção vai se apagando. ~ Louise
Desta forma, a crítica social consiste em recriminar esta prática, denunciada somente em meados de 1975. E não só isso, com ela, tenta alertar as pessoas sobre a importância dos cuidados essenciais e de saúde mental. De novo, Zack mostra-se à frente e sustenta, com razão, o título de visionário.
As Alterações do Estúdio e as Críticas Negativas
Sucker Punch teve toda a sua essência modificada para a versão do cinema. Em nossa matéria, contamos as principais diferenças entre esta versão, a estendida (com 18 minutos a mais) e a original de Zack Snyder. O estúdio não conteve esforços para promover cortes, ao passo que a classificação indicativa de 18 anos, passou para 13. Só por aí, já poderíamos concluir que algo se perderia, o que foi comprovado com as críticas negativas que destruíram o filme. Todas as cenas das performances no palco, encenadas pelas personagens, pelo teor ‘burlesque’, foram cortadas pelo Estúdio. Tudo para tentar transformar o filme, para um público pré-adolescente. ~ Sério, nunca vou entender, Warner! A cagada nos cortes de Snyder, definitivamente, começou aqui. Impressionante!
Ao não tratar o filme com a preocupação devida, quanto à real faixa-etária indicada, o estúdio fez com que o filme não fosse bem visto ou entendido pelo grande público, que o julgou a partir do que foi entregue. No entanto, é necessário ponderar um pouco, antes de repeti-las, como opinião própria. Será que Sucker Punch foi tão ruim assim?
Vejamos, a crítica principal foi dada ao fato de Zack Snyder escolher as vestimentas das personagens e sobre o imaginário de Babydoll ocorrer em um Bordel. Bem, pela lógica, reclamar do vestuário, quando a estória se passa em Bordel (prostíbulo) é um tanto incoerente, visto que não seriam cobertas dos pés à cabeça que as mulheres de lá estariam vestidas, não é mesmo? Por fim, e não menos importante, Sucker Punch embala fantasia em universo de videogame. E daí, por si só, se explicam as roupas escolhidas. Mas, sobretudo, é uma analogia para uma lembrança singela de que, por trás de tudo isso, a verdade é que seu corpo está sendo usado.
Além disso, o nome “Babydoll”, remete-se, em tradução literal, a “bonequinha”, o que faz alusão direta ao controle mental sofrido pela protagonista: afinal, bonecas são inanimadas, não falam, não reagem e servem, única e exclusivamente, para a diversão de quem as possui? Mas, por quê um bordel?
“Todos nós temos poder sobre os mundos que criamos”. ~ Sucker Punch
As Simbologias presentes em Sucker Punch
Inicialmente, o simbolismo para “bordel” refere-se à uma repressão do seu eu interior e situação de grande pressão externa. O que é facilmente explicado do ponto de vista da lobotomia. Da mesma forma, o coelho é um dos muitos simbolismos da dissociação mental. O próprio diretor, Zack Snyder, descreveu o filme como “Uma espécie de ‘Alice no País das Maravilhas’ com metralhadoras”, traçando um paralelo pelo fato do conto infantil servir de base de estudos e pesquisas que indicam que a protagonista sofre de Transtorno Dissociativo de Identidade. Considerando a presença constante de “coelhos” nas cenas de Sucker Punch (como a que a irmã dorme abraçada a um coelho de pelúcia), não é difícil perceber a relação constante de Babydoll com este transtorno.
Na própria arma de Babydoll, 5 pingentes chamam atenção: Um é o coelho, outro é o urso, outro é uma ampulheta, uma mamadeira e último é um crânio. O urso simboliza a força e a destreza. A ampulheta simboliza a passagem do tempo e também da transição da vida para a morte. A mamadeira representa a amamentação, remetendo ao conforto e à segurança familiar. E o crânio representa a morte. Muito desse simbolismo deve ter vindo do co-roteirista oriental, Steve Shibuya, mas também à identidade das obras do Zack, que sempre exploram referências orientais.
As Analogias de Sucker Punch
A verdade é que as três garotas são reflexos da personalidade de Baby Doll. Rocket (Jena Malone), divertida e infantil; Amber (Jamie Chung), tímida e insegura; e Blondie (Vanessa Hudgens), lúdica e atraente:
Entretanto, ainda, é preciso traçar analogias entre o que se vê e o que acontece na vida real, para tornar possível perceber a mente humana em processo de dissociação, através de Babydoll. Veja bem, ela sofreu um trauma muito forte com o assassinato de sua mãe e o acidente com sua irmã, que despertou a Dissociação em sua mente. Tudo o que ocorre no sanatório pode ser visto como uma realidade alternativa para ela. Desde a referência do padrasto sendo o Padre que a leva para um bordel, como o tratamento com música, oferecido pelo sanatório, onde toda vez que toca uma, somos levados a uma realidade nova produzida pela mente da personagem. ~ Se não havia percebido nada disso, tente rever o filme, através deste olhar. Não vai se arrepender!
Quer mais exemplos? Em busca de sua liberdade, Babydoll cria uma lista de 4 itens que são essenciais no plano de fuga: mapa, faca, fogo e chave, e aventura-se com suas novas amigas para consegui-los. O mapa é representado pelos labirintos da Primeira Guerra Mundial, com nazistas sobrenaturais. O fogo é representado pela luta com dragões. A faca, representada ao embarcar em um trem para lutar contra guardas robóticos e desarmar uma bomba. E a chave é roubada após se defender de uma tentativa de estupro. A ideia principal é incendiar o bordel e fugir, usando a chave-mestra. Entretanto, durante a fantasia sobre a faca, algo dá errado com a música e Babydoll pára de dançar, o que me fez entender como se o consciente dela estivesse tentando bloquear o controle de sua mente.
No entanto, aparentemente, as três garotas Rocket (Jena Malone), divertida e infantil; Amber (Jamie Chung), tímida e insegura; e Blondie (Vanessa Hudgens), lúdica e atraente, são reflexos da personalidade de Baby Doll. O que só fomenta a teoria de que a morte de uma delas representa a “liberdade” de uma das personalidades múltiplas de Babydoll, ou a morte de uma parte do cérebro de Reear, na vida real. A quinta etapa, oculta, seria uma missão de sacrifício, representado pelo final do filme. ~ Aí a interpretação fica por conta de vocês!
“Essa nunca foi a minha história. É a sua!”
A Trilha Sonora e suas relações sobre o Controle Mental
Como, costumeiramente, falamos no Portal, a trilha escolhida é capaz de dar o tom nas cenas e entregar a essência do filme. Em Sucker Punch não é diferente. As músicas escolhidas contém trechos que remetem ao controle mental, além de serem chaves importantes que explicam o processo de Dissociação, como o caso da versão de Yoav da música “Where Is My Mind”, da banda Pixies, de “Asleep” (The Smiths), cantada por ela mesma e do remake da clássica “White Rabbit”, de Jefferson Airplane. Esta última, remete ao conto infantil, “Alice no país das maravilhas”. ~ Que citei logo acima.
Além disso, essa relação da música com a psique não é novidade. Alguns especialistas defendem a música como parte da terapia. O procedimento, chamado “Arteterapia”, é uma técnica muito usada em crianças com algum distúrbio de aprendizagem severo, por exemplo.
Uma análise mitocrítica
Se pensarmos em uma análise mitocrítica, como a de Gilbert Durand, chegaremos à conclusão de que esta observa que o contexto sociocultural influencia a criação do indivíduo. Evitando limitar o estudo do mito (aspectos que se integram à construção do símbolo e que são alimentados pelas percepções da personagem) à sua essência mais profunda, é importante compreender a sua relação com as dinâmicas da produção humana nos contextos artístico e cultural, onde a relação do imaginário, tem a ver com as facetas que estruturam os valores, os sentidos, os modelos e as ações, e onde tudo é construído e ancorado no sujeito de forma ampliada. Desta forma, a psique impõe uma lógica e uma estrutura que permitem ao homem construir e compor dinamicamente narrativas visuais. ~ É difícil entender a mente humana, eu sei. Mas, pincelei aqui o básico pra entenderem minha linha de raciocínio.
Sendo assim, é possível afirmar as relações entre o mito, o imaginário e a cultura, desde que Babydoll viu seu padrasto matar sua mãe por ganância e, em busca de vingança, atira contra ele, mas acaba acertando sua irmã. Na sequência, em que é posta em um sanatório e tratada como louca, e em seu imaginário, vê-se com outras mulheres (representação de sua irmã) em situação de desconforto, precisando salvá-las (representação da ação com o padrasto), contra um inimigo comum, através de diversas formas: Dragões, Orcs, Samurais, Robôs e Nazistas Sobrenaturais (representando seu padrasto).
Zack Snyder, por fim, usa a mitocrítica como uma ferramenta para uma crítica social. Não é que não pudesse usar outro cenário para ilustrar o imaginário de Babydoll. Ele, apenas, usa simbolismos próprios, que desmontam a mente humana de uma mulher abusava. Levando em consideração a analogia, é possível afirmar que o abuso da vida real, representado pelo seu passado ou presente, estivesse interferindo na sua interpretação de mundo, durante o processo de Dissociação.
“Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para a nossa liberdade? É você!
Você tem todas as armas que precisa. Agora, lute!”
Conclusão
Entender a mente brilhante de Zack Snyder não é difícil, mas é preciso estudo. Nem todo mundo gosta de se afundar em textos, vídeos e termos científicos para precisar entender uma obra. Muito menos reler a história do mundo, até porque nem todos lidam bem ao admitir não saber tudo. E está tudo bem, também. Particularmente, não vejo problema! Sou uma eterna aprendiz e quanto mais busco, mais aprendo. Mas respeito quem não gosta… No entanto, quem curte complexidade, não aplaude coisas mastigadas e, aí sim, é uma questão de gosto. Por este motivo, vim de peito aberto mostrar que Sucker Punch, pelas críticas apresentadas, realmente foi mal compreendido. E parte da culpa foi por não ter deixado tão claras as analogias no decorrer do filme.
É claro que não tem do que se queixar quanto à Trilha Sonora e “estudo de caso”, sobre alguém em processo de Dissociação. ~ Muito pelo contrário! ~ Fato é que para quem vê de fora, sem esse tipo de preocupação, pode achar o filme uma viagem atrás da outra e concluir, pelo simplismo, que é ruim. ~ Como bem, provavelmente, se deu a maioria das críticas negativas, fora as que só seguiram a massa! ~ Mas, é preciso ir mais a fundo para compreender Sucker Punch, da mesma forma como em Batman vs. Superman. A fórmula não é dada pronta, ela precisa ser esmiuçada e o estudo do personagem precisa ser realizado. ~ E, francamente, é o que eu mais gosto nas obras do Zack.
Uma Observação Necessária
No entanto, entendo quem, simplesmente, não gostou e ponto. Embora a direção e a produção tenham sido muito boas, o roteiro peca em não deixar claras as intenções da narrativa. Isso faz com que quem assiste, precise se esforçar um pouco para entender o que está acontecendo. Infelizmente, não prepara a mente para desvendar todas as diversas analogias da obra. E, obviamente, é difícil você fazer isso, quando não tem o costume de mergulhar na personalidade dos personagens, nem elencar a saúde mental na vivência de cada um.
PS: Clique para ver outras citações de Sucker Punch?
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15 comentários
Fascinante… Eu lembro de ter gostado desse filme desde a primeira vez que o vi, sempre tratando como um “estudo de caso”, ou a experiência de alguém traumatizado até a “libertação da dor”, mas é a primeira vez que enxerguei o ponto de vista dessa análise. Principalmente porque eu não fazoa ideia de que houve um MK-Ultra… (Não fora da minha mente paranóica e criativa).
Agora que li a análise fico obrigado a reassistir.
A autora simplesmente dissecou totalmente o filme, entregando quase um TCC! Sorte a nossa, né? Muito incrível a sua análise e seus dados, alem, é claro, dessa escrita de dar inveja! Parabéns, Raquel!
Eu passei a amar o filme e lembro que eu não gostava muito. Vi com outros olhos.
E, sendo bem sincera, a crítica de Sucker Punch daqui é a minha favorita.
Gostei do seu artigo Racky
Particularmente não é o meu filme favorito do Snyder porque tem muita coisa rolando e isso me dificultou entender o filme
Mas prometo que vou assistir novamente para me atentar a estes detalhes que você citou brilhantemente
Acabei de ler a crítica toda. Interessante o ponto de vista sobre Amber Rocket e Blonddie serem personalidades da Protagonista. Só não sei se eu concordo com essa parte em específico. Cara, porra… até hoje penso em Sucker Punch. Mas só agora entendi o nome. A gente assiste e depois ainda fica pensando sobre isso.
Passei a perceber que amava o jeito dos filmes do Zack, com Sucker Punch. Entendi que amava o estilo dele, ali.
Me deu vontade ver (ainda não vi).
Ainda não tinha conseguido terminar de ler porque quando comecei tava esperando o filme do bátma começar.. no cinema.. Mas gente, minha amiga.. você arrasou MUITO nesse texto.. Se alguém já assistiu #Suckerpunch e não entendeu nadinha, precisa ler.
Meu filho me indicou a leitura e eu vim, esperando algo bom. E me surpreendi! O que é fantástico! Estou estudando psicologia e amei a forma como descreveu tudo aqui. Parabéns!
Até hj não assisti na esperança de ver a versão do Snyder. Mas acho q vou ver a versão estendida, já q a matéria (mto boa por sinal!) deixou bem claro q as adições restauraram boa parte da qualidade da obra…
E vou te falar uma coisa: se tivesse que eleger a crítica mais completa do site, seria a de Sucker Punch. Quando eu li a parte sobre MK Ultra… pqp! hahaha
Na cena em que as meninas saem de Notre Dame, por milésimos de segundo o buraco acima de onde elas saem forma um coelho.
Gostei da ideia das personalidades, pode ser que as meninas realmente estavam lá mas na mente da baby ela as imaginou daquela forma q representassem personalidades.
Outra coisa interessante é que não tem muito sangue, nos tiros presenciado pela baby não há sangue e na cena da rocket só fica uma mancha quase no formato da faca (q curiosamente é tbm o mesmo lugar em que a irmã leva o tiro e tbm é a única cena em que vemos um ferimento real, sendo assim ela processa e cópia a mesma coisa pra Rocket). O que me leva a crer q a morte das personagens nada mais é do que uma maneira de processar q essas meninas teriam sido presas em um daqueles quartos acolchoados mas em lugares completamente desconhecidos e por isso baby inventa a morte e passa a ignorar suas existências.
Quando o velho diz q é uma vitória perfeita, de fato é uma vitória perfeita, já que ela pode viver em sua mente (lugar em que ela tem controle e pode ficar longe do controle de outros assim como tbm ficar longe dos traumas), ao libertar a outra detenta (possivelmente uma garota sã que foi trancada no sanatório no esquema do blue, ela não só fornece uma prova cabal contra Blue como tbm desmantela todo o sistema de corrupção e da início a uma possível nova fase para reavaliar se os internos realmente são loucos.
PS: o motivo pelo qual ela ajuda florita e Rocket é por terem uma dinâmica semelhante a dela com a irmã. Porém ao ter uma pequena parte do plano frustrado, o trauma toma o controle e ela cria um final trágico e semelhante involuntário para as irmãs.
Assisti esse filme com 15 anos, amei por ser meio doido e hoje depois de 10 anos percebi que inconscientemente as mensagens q não percebi do filme me ajudaram durante o período ruim, me ajudando a sobreviver a truamas.